As fraudes de identidade podem gerar diversos danos para as empresas. Atualmente os incidentes são cada vez mais frequentes e sofisticados, obrigando as organizações a tomarem medidas preventivas, visando reduzir os riscos.
Segundo estudos de 2022 da Experian, 81% das empresas brasileiras afirmaram que a preocupação com fraudes aumentou nos últimos 12 meses e 93% relataram que as fraudes representavam uma preocupação de média a alta.
Acompanhe neste artigo mais sobre a fraude de identidade e seu avanço no Brasil.
O que é a fraude de identidade?
O conceito de fraude é amplo, designando a prática criminosa com o objetivo de se obter alguma vantagem ilícita. Assim, as fraudes de identidade são aquelas que se utilizam de identidades roubadas para cometer crimes.
Em um primeiro momento, a pessoa ou instituição maliciosa realiza o roubo de identidade, acessando informações pessoais de terceiros. Podem ser roubados o CPF, o RG, a carteira de motorista, dados bancários e muitos outros.
A fraude de identidade acontece em um segundo momento, com o uso das informações que foram roubadas. Em outras palavras, significa se fazer passar por outra pessoa, com o objetivo de conseguir vantagens, como financiamentos e empréstimos.
Um dos grandes desafios envolvendo as fraudes de identidade é a dificuldade para a sua identificação. Por se tratar de uma ação silenciosa, muitas pessoas que têm seus dados roubados não se dão conta de que estão sendo vítima.
Geralmente a descoberta acontece quando a vítima procura instituições financeiras, solicitando crédito, financiamento e outros produtos. Nesse momento, muitos são informados de que já possuem contratos, dando início a uma luta burocrática.
As fraudes de identidade no país: dados estatísticos
A fraude de identidade está entre as preocupações dos brasileiros, que temem serem vítimas. No entanto, não entendem os verdadeiros riscos que essa prática implica, o que significa que falta informação e segurança.
Agora, o aumento da demanda digital, acentuada pela pandemia, reforçou a profunda conexão entre reconhecimento, prevenção a fraudes e a experiência do cliente online.
Segundo levantamento da Serasa Experian, as tentativas de fraude de identidade ultrapassaram a marca de 3,9 milhões no Brasil em 2022, , o que representa, em média, 1.506 tentativas por mês a cada um milhão de habitantes.
O resultado do ano é o segundo maior de toda a série histórica, ficando atrás apenas de 2021, que marcou com o recorde de quase 4,2 milhões no ano.
Entre os segmentos mais afetados pelas fraudes de identidade o de bancos e cartões liderou, com mais de 2,1 milhões. Em segundo lugar, ficaram as Financeiras, com 682 mil tentativas, seguido pelo setor de Serviços, com 652 mil. Varejo apareceu em quarto lugar, com 305 mil pessoas que foram alvo e Telefonia em último lugar, com 89 mil.
Segundo relatório da Sumsub, entre os documentos de identidade brasileiros, os passaportes são os mais falsificados (1.2% de todos os passaportes têm sinais de falsificação), enquanto a carteira de motorista é menos provável de ser falsificada (apenas 0.18% das falsificações). O relatório ainda aponta os tipos mais comuns de fraudes de identidade no Brasil que incluem:
- Fraudes sintéticos
- Roubo de dados
- Falsas notas/boletos bancários
- Autofraude ou fraude amiga
- Financiamento com documentos falsos
Só no primeiro semestre de 2022, o Brasil registrou mais de 5 mil tentativas de fraude de identidade por hora – um aumento na faixa de 30% em relação ao número de fraudes do primeiro semestre de 2021, segundo levantamento da Unico, empresa de tecnologia de reconhecimento facial, admissão de funcionários e assinatura eletrônica.
Os tipos de golpe mais comuns, ainda de acordo com o levantamento, são os via injection (injeção, em português), que durante a captura da imagem do usuário, o fraudador se utiliza de um outro software para imputar uma foto da pessoa fraudada diretamente da galeria do celular. Bonecos ou manequins se passando por pessoas também são comuns entre as ações dos golpistas no Brasil.
Segundo a Pesquisa Global de Identidade & Fraude 2022 realizada pela Experian, a cada 100 tentativas de realizar fraudes online, cinco envolvem o uso de máscaras, vídeos e técnicas de deepfakes. A proporção tende a aumentar: em 2022, o uso desta estratégia criminosa cresceu 66%.
Ainda, segunda o estudo o roubo de identidade superou o roubo de informações do cartão de crédito como maior preocupação de segurança dos consumidores e aproximadamente 62% dos brasileiros têm alguma preocupação com a realização de atividades e transações online. O que mais gera preocupação:
Ainda, uma das descobertas mais significativas foi o aumento do conforto e preferência que os consumidores têm por métodos de segurança físicos e baseados em comportamento – ou invisíveis. Os consumidores classificaram os seguintes métodos mais seguros com base em sua segurança percebida:
1) 93% dos consumidores disseram biometria física: Principalmente aplicável a dispositivos móveis e inclui reconhecimento facial e impressões digitais.
2) 78% dos consumidores disseram códigos PIN enviados para dispositivos móveis: Requer o uso de dois dispositivos conectados à conta do usuário.
3) 90% dos consumidores disseram análise comportamental: Aproveita os sinais observados passivamente em navegadores e dispositivos móveis, sem exigir esforço do consumidor.
“Está claro que as pessoas querem cada vez mais conveniência e facilidade em suas transações, mas ao mesmo tempo se preocupam e exigem das empresas métodos que tornem as relações mais seguras. A biometria torna a experiência do cliente mais amigável e rápida, por isso, está se popularizando de forma acelerada entre os consumidores e isso é uma vantagem”, diz, em nota, o gerente executivo de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Rafael Garcia.
Quando se trata de prevenção a fraudes, as empresas continuam investindo na proteção das experiências online. Esta é uma tendência positiva, especialmente considerando que prevemos um aumento significativo de ataques fraudulentos no curto prazo.
Além disso, 87% dos consumidores consideram importante as empresas serem capazes de reconhecê-los sempre sendo que: 4 em cada 10 acreditam na capacidade das empresas em fazer este reconhecimento corretamente e 50% continuariam confiando muito nas empresas que os reconhecem continuamente sem exigir que passem por muitas etapas de autenticação.
As fraudes de identidade e a tecnologia
Com o avanço da tecnologia, as fraudes de identidade estão se tornando mais sofisticadas. Até mesmo os nativos digitais, que estão naturalmente mais preparados para o mundo conectado, podem ser vítimas de ações criminosas.
Estão surgindo novas modalidades de fraudes, que exigem respostas mais rápidas e modernas por parte das organizações. Exemplo disso é a criação da chamada identidade sintética, a partir de informações verdadeiras e falsas.
Agora os criminosos podem criar uma identidade falsa com velocidade, aplicando alguns dados reais obtidos das vítimas. O nome e o número do RG, por exemplo, podem ser suficientes para uma fraude completa. Além disso, métodos mais avançados de fraude, como deepfakes, estão se tornando cada vez mais comuns à medida que os serviços online passam a usar a biometria como uma etapa adicional de verificação.
Confira alguns dados de como as empresas brasileiras estão aprimorando a jornada digital do consumidor, segundo pesquisa realizada pela Experian:
- 52% estão melhorando o desempenho dos modelos existentes de IA com o objetivo de melhorar as decisões do cliente;
- 50% estão implementando novos métodos e construindo novos modelos de IA para melhorar as decisões do cliente;
- 48% estão aprimorando a análise de risco de crédito.
Embora a tecnologia possa ajudar a melhorar a segurança online, a pesquisa destaca a importância para os consumidores de se manter um atendimento ao cliente com interação humana para problemas mais complexos. Ou seja, equilibrar um toque humano com a facilidade da automação continua sendo um componente essencial para conquistar a confiança do consumidor.
Ainda segundo essa mesma pesquisa, “a prevenção a fraudes continua sendo uma preocupação e uma prioridade e as empresas buscam aumentar o investimento em softwares e outros métodos de detecção.”. As empresas enfrentam uma luta para focar seus esforços digitais – todos parecem importantes – e isso cria desafios organizacionais. Por isso, muitas estão recorrendo à terceirização para reforçar seus recursos digitais e no Brasil os 5 principais recursos digitais terceirizados são:
As empresas sabem que ferramentas avançadas com inteligência artificial e machine learning podem resultar em melhores decisões sobre riscos ao longo da jornada do cliente, com 66% delas considerando como prioridade o investimento em software e métodos para detecção de fraudes, seguido por 60% que consideram investir em advanced analytics e Inteligência Artificial.
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Como as empresas podem lidar com as fraudes de identidade
Para lidar com as fraudes e garantir a conformidade com os processos as empresas devem verificar seus clientes e adotar práticas e estratégias para tal, como por exemplo o KYC e a Prevenção à Lavagem de Dinheiro. Técnicas e métodos devem ser aplicados no sentido de confirmar a identidade que é apresentada.
Para reduzir ao máximo o risco de fraudes de identidade, é importante usar a tecnologia a seu favor. A Verificação de Antifraude e Risco (VAR) – solução inovadora da Simply Tecnologia – é uma ferramenta completa, que usa inteligência artificial para fazer uma detalhada análise antifraude de um cliente a partir de seu RG.
A solução ainda faz mais do que apenas checar o documento RG do cliente. O VAR também processa um cruzamento de dados em busca de possíveis ligações com fraudes. E, além disso, funciona de forma integrada com outras ferramentas da Simply, tornando o onboarding e cadastro de clientes muito mais eficiente e seguro. Essa é a solução perfeita para evitar as fraudes de identidade e proteger o seu negócio.
Além do VAR, a Simply também conta com uma solução de prova de vida com tecnologia anti-spoofing! A solução ajuda a prevenir fraudes e identificar possíveis manipulações na prova de vida como documento adulterado (foto sobreposta) e reprodução de vídeos. Além disso, faz o reconhecimento facial (acesso a qualquer serviço usando seu rosto como validação) e por voz (usando a voz como um facilitador de operações).
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A cada dia que passa mais credenciais e dados vão sendo convertidos em formatos digitais para que as pessoas possam usar em diversos contextos, mas embora os dados pertençam aos usuários, nem sempre eles estão sob o seu total controle. Isso coloca em cheque a privacidade e segurança dessas informações em sistemas online, aumentando exponencialmente os riscos de violação desses dados.
Nesse contexto, o modelo de identidade digital descentralizada, ou DID, que é baseada na tecnologia blockchain, pode ser uma solução.
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Por fim, numa época em que a segurança é cada vez mais vista como prioridade, a confiança do cliente, sua retenção e o crescimento das empresas andam de mãos dadas. Sua empresa está preparada? Conte aqui nos comentários.
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