Caio Abreu, Diretor de People da Sinqia, fala sobre o sucesso das Universidades Corporativas e outras tendências do mundo do trabalho para 2023
Em 2022, a Sinqia conquistou pela quarta vez consecutiva a certificação GPTW (Great Place to Work), com sua melhor nota desde que iniciou a participação na pesquisa, em 2019. Um dos nomes por trás desse resultado é Caio Abreu, Diretor de People da companhia.
O executivo, que possui mais de 10 anos de experiência em posições de liderança na área de Recursos Humanos em empresas multinacionais e de tecnologia, foi o responsável pela coordenação da implementação da SinqiaUP, Universidade Corporativa da Sinqia lançada em 2022 e que conquistou grande aderência dos colaboradores.
Em entrevista ao blog, Caio Abreu comenta as vantagens da iniciativa, compartilha sua visão sobre outras tendências do mundo do trabalho para 2023 e cita fatos marcantes de sua trajetória profissional. Confira!
Como foi a sua trajetória profissional até chegar na Sinqia?
Sou formado em Comunicação Social, em publicidade e propaganda, mas nunca trabalhei com isso. Assim que eu me formei, na semana que eu ia pegar o meu diploma, passei em um processo seletivo em uma multinacional, para um cargo de coordenação na área de Logística e Financeiro.
Depois de 6 meses, o meu gerente regional me ligou dizendo que o meu nome tinha sido indicado para participar de um processo interno para assumir uma gerência na área de Recursos Humanos. Na época eu cheguei a pensar: “o que a área de Gestão de Pessoas faz de estratégico?”. Afinal, eu era apenas responsável por caminhões, entregas, faturamento e segurança no trabalho.
Passei uma semana junto com o time de Gente e Gestão, na regional de Brasília, constatando o quanto aquela área era estratégica para o negócio. Resolvi aceitar participar do processo seletivo, passei e assim comecei a minha trajetória no RH!
Fui para a filial de Manaus como coordenador de Recrutamento e Seleção e, em 8 meses, entreguei todas as metas que eu precisava entregar em 1 ano. Fui promovido para a filial de Belém e passei a ser gerente de todos os subsistemas de RH. Passei 2 anos lá e fui promovido novamente para atuar em João Pessoa, na Paraíba.
Aconteceram algumas coisas na minha vida pessoal e comecei a questionar um pouco o ritmo que estava trabalhando. Decidi pedir demissão. Na época, a gerente do DHO (sigla para Desenvolvimento Humano Organizacional) da Sinqia, que também trabalhou nessa multinacional, me convidou para ser gerente de RH em Belo Horizonte, havíamos acabado de comprar a ATTPS Informática, fui para Minas Gerais para ajudar no processo de integração da empresa.
Fui responsável por implementar o modelo de Business Partner na área de RH, o que deu super certo. Passei a implementar o mesmo modelo em Curitiba, Florianópolis e no Rio de Janeiro, até que, em 2019, resolvi aceitar a proposta de trazer o modelo para São Paulo também. Em 2021, assumi toda a equipe de People e, em 2022, fui promovido a diretor.
Como você definiria o seu propósito como uma liderança na área de People?
Fazer com que os colaboradores tenham qualidade de vida e pertencimento gerando o engajamento necessário para a entrega de resultado. Eu acho que, independentemente de qualquer coisa, do que você faz e onde você trabalha, você tem que ter pertencimento.
Meu trabalho e do time de People é fazer com que as pessoas tenham pertencimento no dia a dia, entendam a cultura da companhia e gostem dessa cultura. Que vejam propósito nas coisas que fazem, para fazer com que a companhia continue crescendo da forma como vem acontecendo ao longo desses anos. O meu time tem que trabalhar focado na experiência do colaborador.
A Sinqia é reconhecida como um ótimo lugar para trabalhar, tendo conquistado o selo do Great Place to Work já há alguns anos. O que você acha que é o grande diferencial da empresa?
Não vou dizer o que eu acho, mas sim o que tenho certeza. São duas coisas que aparecem em todas as pesquisas e bate papos: a leveza do nosso ambiente de trabalho e as relações verdadeiras.
As pessoas acreditam muito no ambiente leve da Sinqia. Quando a gente fez o rebranding da marca, vimos a oportunidade de trazer essa leveza, dinamismo e cor para o dia a dia da Sinqia. Assim veio o “just dress, no code”, o open space, as salas com nomes da cultura pop, e toda a cultura que a gente tem hoje na empresa.
Pensando no mercado de People e nos resultados da própria Sinqia, como você avalia o ano que se passou e quais são as suas expectativas para 2023?
O ano de 2022 foi muito complexo no mercado como um todo. Foi o ano do “fim” de uma pandemia e foi o ano em que o retorno ao escritório se deu. As pessoas estavam há 2 anos em casa e o mercado começou a reaquecer. Trabalhar esse momento de “novo normal” foi complexo.
Na Sinqia, conseguimos fazer festa de fim de ano, e como foi bom ver as pessoas se abraçando e comemorando nossos resultados! Tivemos que nos reinventar muito, mas batemos a meta de turnover, conquistamos pelo quarto ano consecutivo o selo do GPTW, fechamos a área de People com 100% das metas batidas. Falando como Sinqia em si, também foi um ano muito positivo para a companhia, entregamos vários recordes entre nossos resultados e alcançamos um novo patamar de mercado.
Para 2023, o foco é o desenvolvimento das pessoas. A SinqiaUP nasceu ano passado e deu super certo, foi a minha maior aposta. Esse ano temos vários outros desafios, de novos desenvolvimentos de trilhas de conhecimento dentro da Universidade Corporativa da Sinqia. Ao mesmo tempo, a gente tem um objetivo muito forte de revisão de vários processos de RH, considerando as tendências de mercado.
Quais dessas tendências você destacaria?
Um dos focos é o The Future of Work, que é como está se chamando o futuro do trabalho em si. Um conceito que casa saúde mental, modelo de trabalho, estrutura do escritório, ambiente da companhia, produtividade, entre outros temas. Tem muita coisa no futuro do trabalho que precisamos olhar para garantir pessoas mais engajadas e com pertencimento.
Você também comentou sobre a Universidade Corporativa, iniciativa que está bastante em alta no mercado. Quais são as vantagens de um programa como esse?
São várias as vantagens. A gente fala de gestão do conhecimento, ter o conhecimento dentro de casa de forma que a gente consiga disseminar isso com facilidade e em massa. A gente fala de reconhecimento, de você fazer os treinamentos e ser reconhecido por isso, através do seu próprio desenvolvimento, através de incentivos internos e tudo mais.
A gente fala também de retenção, de ser uma empresa que proporciona desenvolvimento, que é uma das coisas que mais tem crescido hoje, principalmente entre a Geração Z, que quer saber um pouco de tudo. Ter a Universidade Corporativa é superpositivo nesse sentido.
Além disso, a SinqiaUP consegue proporcionar sustentação do próprio negócio. Hoje a gente já iniciou o desenvolvimento da plataforma para alguns clientes, e não só para uso interno. A Universidade Corporativa é um investimento muito forte hoje em dia justamente por conseguir atuar em diversas dores que as empresas têm.