Com a ascensão de novas tecnologias e da digitalização no setor financeiro, o número de fraudes e roubos de dados cresceu exponencialmente, exigindo das empresas uma abordagem de proteção multicamadas para garantia da segurança cibernética. Nesse contexto, as identidades digitais surgem como um recurso importante ao validar a autenticidade de dados pessoais em tempo real, redefinindo o conceito de confiança nas transações online.
Mas, o que são as identidades digitais e como elas evoluíram até os dias de hoje? Quais impactos essa inovação pode gerar para o setor financeiro e o que esperar para o futuro?
Continue lendo e descubra como as ferramentas para identificação digital estão revolucionando o mercado, trazendo mais proteção e redefinindo a forma como as instituições asseguram a privacidade e segurança de seus dados.
O que são as identidades digitais?
As identidades digitais correspondem a um conjunto de atributos e funcionalidades que permitem reconhecer uma pessoa ou empresa no ambiente online. Em outras palavras, trata-se de um recurso que permite atestar, a partir de dispositivos e tecnologias avançadas, se quem está efetuando uma transação online é quem realmente diz ser, garantindo sua singularidade e evitando golpes e fraudes.
No setor financeiro, as identidades digitais não se restringem apenas a logins e senhas de acesso. Essas ferramentas carregam uma série de atributos como dados biométricos, certificados digitais, entre outros recursos que, juntos, podem validar a identidade de uma pessoa em diferentes sistemas e plataformas, com confiabilidade e segurança.
Em setores como o de pagamentos e internet banking, onde a diversidade dos meios de pagamento ganha força e o open finance avança, integrar tecnologias de identificação digital representa uma estratégia eficaz para fornecer produtos e serviços financeiros com mais agilidade e menos burocracias.
A evolução das identidades digitais no setor financeiro
A necessidade de garantir a segurança cibernética a partir de uma autenticação confiável e fluida de dados para os usuários fez com que diversos setores percebessem o grande potencial das identidades digitais nesse processo.
No setor financeiro não foi diferente. Inicialmente, a jornada das identidades digitais começou de forma tímida, envolvendo apenas senhas e tokens físicos para autenticação.
Contudo, os avanços na digitalização dos serviços bancários, somados ao crescimento do número de fraudes, violações de dados e outras ameaças cibernéticas, fez com que essa identidade incorporasse novas tecnologias, como biometria, reconhecimento facial, autenticação multifatorial, entre outras soluções para permitir uma validação mais segura e confiável das informações.
O crescimento das fintechs também tiveram um papel importante na evolução das identidades digitais no setor financeiro. Trazendo uma proposta menos burocrática e mais centrada na experiência do usuário, os bancos digitais impulsionaram o uso de recursos online mais seguros e simplificados, o que forçou as instituições financeiras convencionais a modernizar seus processos de identificação digital para levar mais conveniência e segurança aos usuários, e se manterem competitivas.
Do mesmo modo, os avanços do Open Finance e das normas regulatórias como a LGPD também ajudaram a reforçar a importância em adotar ferramentas de identidades digitais robustas, confiáveis e interoperáveis como mecanismos de segurança visando garantir a integridade e proteção dos dados.
Com isso, os recursos de identidade digital deixaram de ser vistos apenas como uma camada extra de segurança, para se tornar um pilar estratégico que impulsiona a inclusão, inovação e confiança no atual ecossistema financeiro.
Oportunidades e desafios para as instituições financeiras
No setor financeiro, o uso de identidades digitais oferece oportunidades que vão além da segurança e um combate eficaz a fraudes e golpes cibernéticos. Os bancos e demais instituições financeiras que aderem aos recursos de confiança digital também garantem benefícios fundamentais, como:
- Personalização de produtos e serviços financeiros, permitindo a oferta de soluções compatíveis com as necessidades e expectativas dos clientes;
- Agilidade, precisão e eficiência em processos de onboarding e concessão de crédito, levando a uma experiência mais conveniente e satisfatória;
- Menos custos operacionais a partir da automação de processos financeiros;
- Novas oportunidades para crescer e inovar no setor financeiro.
Aderir a essa inovação também envolve desafios, como a necessidade de equilibrar a segurança e a experiência dos usuários. Além disso, a adequação a novas tecnologias e normas de privacidade e proteção dos dados exige investimentos em infraestruturas robustas, que permitam as empresas se manterem atualizadas e operar em consonância com as novas soluções de confiança digital e regulamentações vigentes nesse mercado.
O que esperar para o futuro das identidades digitais?
As identidades digitais estão cada vez mais em evidência no setor financeiro e prometem remodelar a forma como as instituições asseguram a privacidade de seus dados nos próximos anos.
Seu futuro basicamente aponta para um cenário de maior controle sobre os dados, personalização, segurança, além da integração entre plataformas e serviços bancários.
Com a incorporação de tecnologias como IA e credenciais verificáveis, será possível desenvolver identidades digitais auto soberanas, ou seja, controladas unicamente pelos usuários, dando a eles o poder de decidir com quem irão compartilhar seus dados de forma segura e descentralizada.
Além disso, a tendência é que nos próximos anos, as identidades digitais passem a atuar não apenas como um meio de acesso, mas como sistemas inteligentes, integrando dados financeiros, perfis de riscos, históricos de consumo e preferência dos usuários, a fim de garantir experiências mais completas, personalizadas e mais seguras.