A governança 2.0 e a inovação inclusiva são conceitos que emergem como peças-chave no cenário corporativo por oferecer uma abordagem mais inovadora e colaborativa de gestão, fortalecendo pilares considerados fundamentais nas agendas de ESG.
Com a sociedade e investidores cada vez mais conectados e comprometidos com práticas responsáveis e sustentáveis, essa combinação ganha ainda mais destaque, uma vez que vai além da transparência e processos internos, incorporando inovação e diversidade para o desenvolvimento de soluções eficientes, acessíveis e que também levam em conta diferentes perfis sociais, econômicos e culturais.
No setor financeiro, esse modelo desempenha um papel estratégico relevante, onde aliado a tecnologia apresenta o potencial de criar um cenário mais transparente e inclusivo, além de consolidar as práticas de ESG nas empresas e expandir o acesso aos serviços financeiros. Não é à toa que a governança 2.0 e a inovação inclusiva está entre as trilhas de destaque da Febraban Tech 2025.
Continue a leitura e entenda do que se trata esses dois conceitos, bem como seus impactos nas práticas de ESG e como implementar a governança 2.0 e a inovação inclusiva na prática de forma estratégica, transformando a gestão da sua empresa de maneira sustentável e inclusiva.
O que é governança 2.0 e a inovação inclusiva?
Governança 2.0 e inovação inclusiva são conceitos que vem transformando a maneira como as empresas tomam decisões, administram seus ativos e se relacionam com o meio social.
Considerada uma evolução do modelo convencional de governança nas empresas, a governança 2.0 não se limita apenas ao controle interno e prestação de contas financeiras. Esse novo modelo vai além, propondo uma gestão mais transparente, digital e tecnológica, onde o uso de inovações como IA e automação ajudam a tornar os processos mais eficientes, seguros e auditáveis.
Essa nova visão de governança também envolve uma estrutura organizacional mais aberta e colaborativa, trazendo princípios como a ética, diversidade e práticas sustentáveis para o centro de suas estratégias.
A inovação inclusiva, por sua vez, é um conceito que tem como objetivo criar soluções não apenas para gerar valor econômico, mas também social. No contexto corporativo, isso significa desenvolver produtos, serviços, tecnologias e processos acessíveis e inclusivos, que atendam a todos, respeitando a diversidade humana e assegurando sua relevância cultural e adequação ao contexto em que atuam.
Qual a importância desses conceitos nas práticas de ESG?
Complementares entre si, a governança 2.0 e a inovação inclusiva desempenham um papel importante no fortalecimento das práticas de ESG nas empresas.
Os princípios e mecanismos que norteiam a gestão das instituições devem acompanhar as necessidades e mudanças do cenário contemporâneo, mas sem dissociar seu olhar às questões sociais e ambientais. Nesse quesito, a governança 2.0 é um diferencial que não apenas garante mais transparência e conformidade, como uma cultura organizacional ética, responsável e capaz de atender a demanda crescente por responsabilidade social.
Igualmente, aqueles que inovam sem considerar o princípio da inclusão estão desconsiderando uma boa parcela da sociedade e, consequentemente, perdendo oportunidades de negócio. Com a inovação inclusiva, as empresas impulsionam a diversidade, criando soluções que atendem a uma base maior de clientes e, com isso, democratizam o acesso aos produtos financeiros, contribuindo de forma ativa para uma sociedade mais equitativa e justa.
Ao unir esses dois conceitos em seu modelo de gestão, as instituições não apenas ganham em eficiência, mas em legitimidade e confiança social, gerando um impacto positivo em suas estratégias de ESG.
Desafios para o setor financeiro
Implementar boas práticas de governança e inovação inclusiva é um diferencial que pode gerar oportunidades, mas também alguns desafios importantes.
No setor financeiro, a pressão regulatória para cumprir com medidas de privacidade e proteção de dados é crescente na medida em que investidores e órgãos de controle exigem maior transparência e responsabilidade socioambiental em seus processos.
Outros pontos críticos incluem a dificuldade em integrar áreas de prevenção de risco e a resistência em implementar uma cultura de compliance mais abrangente. Muitas vezes, a introdução de novos processos e políticas de governança é recebida com ceticismo por gestores e colaboradores, tornando essa transformação desafiadora.
Além disso, promover soluções inclusivas exige esforço contínuo e comprometimento das instituições.
Estratégias para implementar uma governança 2.0 e a inovação inclusiva
Para contornar os desafios e aderir a governança 2.0 e a inovação inclusiva com eficiência, é preciso adotar algumas estratégias. O uso de plataformas digitais com recursos que elevam a visibilidade e transparência dos processos, favorecendo a prestação de contas é uma delas.
Do mesmo modo, investir na cultura de dados, com a integração de tecnologias como IA, analytics e automação para análise e processamento de documentos também é uma medida que trará mais eficiência na gestão e monitoramento das práticas corporativas.
Ampliar o envolvimento de parceiros, clientes e stakeholders na concepção de produtos e serviços é outra estratégia crucial para garantir soluções mais acessíveis, relevantes e alinhadas à proposta de inovação inclusiva e dos novos modelos de governança.
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