Aos poucos, os neobanks começam a ocupar o espaço até aqui dominado pelas instituições financeiras tradicionais.
O elemento chave para se compreender esse movimento é, sem dúvida, o emprego da tecnologia no desenvolvimento de soluções para os clientes. Assim como vem ocorrendo em outros segmentos da atividade econômica, a tecnologia está criando uma grande ruptura em relação a antigos conceitos e práticas.
Mas quem são os neobanks? Eles de fato serão capazes de substituir os bancos tradicionais? Neobanks e bancos digitais são sinônimos? Essas e outras questões são abordadas nesse post. Acompanhe.
Uma definição para os neobanks
Tanto neobanks como bancos digitais têm a tecnologia como diferencial em relação às instituições financeiras tradicionais, mas isso não significa que eles sejam sinônimos, embora haja quem assim os considere.
O mais comum é a adoção das seguintes definições para esses termos:
- Neobanks são instituições que já nascem 100% digitais, sem uma rede de agências, nem outras estruturas tradicionais;
- Bancos digitais, apesar de operarem baseados em tecnologia, carregam consigo um legado atrelado a uma instituição financeira tradicional.
Essa diferenciação é importante, pois deixa claro que a inovação está presente nos bancos digitais, mas o todo continua a funcionar como em uma instituição tradicional, diferente do que ocorre com os neobanks.
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Neobanks pelo mundo
Em alguns mercados, a consolidação dos neobanks encontra-se em um estágio mais avançado, como é o caso da Europa, especialmente no Reino Unido. Um fator determinante para esse avanço tem sido a elaboração de legislações regulatórias favoráveis à inovação.
Com algum atraso, o mercado norte-americano começa a se estruturar, tentando recuperar o terreno perdido para os europeus.
Algumas das instituições que mais se destacam nesses mercados são:
- Chime, Varo e Aspiration, nos Estados Unidos;
- OakNorth, N26, Revolut, Atom, Monzo e Starling, na União Europeia/Reino Unido.
Neobanks no Brasil
Considerando a definição aqui adotada, concluiremos que, no mercado brasileiro, a atuação dos neobanks ainda é bastante incipiente.
A rigor, tivemos recentemente a criação do C6 Bank, que já nasceu 100% digital e com um portfólio de produtos e serviços típico de um banco. Em outras palavras, um neobank de fato.
Entretanto, há no mercado diversas iniciativas que poderão em breve levar ao surgimento de mais neobanks.
O caminho das fintechs
Algumas empresas que nasceram como fintechs, isto é, especializados em determinados produtos e serviços, estão crescendo e ampliando sua atuação, podendo vir a se tornar bancos de fato.
Nesses casos, dada sua origem 100% digital, tais empresas poderão se transformar em típicos neobanks. Enquadram-se nesse cenário o Nubank e o Banco Neon, por exemplo.
O caminho dos bancos digitais
Outro caminho que vem sendo explorado passa pelos bancos tradicionais.
Há o caso do Bradesco, que criou o Next, um típico banco digital, ágil e tecnológico em diversos aspectos, mas ainda ligado à estrutura do banco pai.
Mas há também alguns casos de bancos de pequeno ou médio porte que, em alguma medida, deixaram para trás suas estruturas tradicionais e se converteram em bancos digitais, ou ao menos predominantemente digitais.
Alguns exemplos são:
- O Banco Inter, antigo Banco Intermedium;
- O BS2, antigo Banco Bonsucesso;
- O AgiBank, antigo Banco Agiplan.
Considerando-se que a oferta de produtos e serviços bancários baseados em tecnologia é um movimento inevitável e já em curso, fica claro que a consolidação dos neobanks é a sua consequência natural.
No Reino Unido, por exemplo, já se detecta o surgimento de novos neobanks (com o perdão da redundância), disputando espaço, não só com os bancos tradicionais, mas também com os neobanks pioneiros.
No Brasil, particularmente, essa onda chega após um movimento de concentração que levou os grandes bancos a absorver os de pequeno e médio porte. Assim, a tecnologia estará contribuindo para devolver ao mercado algum nível de competitividade e de diversidade.
Do ponto de vista do consumidor bancário, alguns fatores de ordem prática são excelentes atrativos para a adesão aos neobanks, como a redução da burocracia, a ausência da cobrança de tarifas e a facilidade de acesso aos serviços.
Uma coisa é certa: para neobanks, bancos digitais e até os tradicionais que querem se adaptar à nova realidade dos novos consumidores bancários é necessário estruturar um processo onboarding digital completo. Para isso, é importante contar com uma empresa que tenha expertise no mercado e em tecnologia.
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