Os chamados bancos médios têm se sobressaído nesse momento de transformação digital vivido não só pelo sistema financeiro, mas pela economia e pela sociedade como um todo.
Em primeiro lugar, é preciso ter ciência de que a transformação digital é um imperativo, que atinge a todas as empresas, indistintamente. Nesse cenário, empresas de menor porte encontram mais facilidades na aplicação de tecnologias em seus serviços.
Nesse post veremos como os bancos médios tendem a se destacar perante a transformação digital.
Transformação digital: um caminho sem volta
Em todo o mundo, fintechs, bancos digitais, neobanks e até mesmo os bancos tradicionais estão canalizando seus esforços e investimentos em busca de uma transformação no relacionamento com seus clientes, procurando proporcionar-lhes novas experiências e jornadas de consumo.
Os canais digitais estão no centro e na origem de toda essa mudança, mas engana-se quem a considere apenas um movimento de atualização tecnológica. As mudanças são profundas e de natureza cultural, afetando desde o dia a dia e os hábitos do consumidor até as estruturas e processos internos das empresas.
Há atualmente um grande desenvolvimento das soluções digitais, oferecendo facilidades aos consumidores como:
- Operações 100% online;
- Ausência ou considerável redução da burocracia;
- Ausência ou redução de tarifas de manutenção;
- Transparência e qualidade no atendimento;
- Melhor remuneração para investidores;
- Suporte à gestão financeira;
- Entre outros.
O resultado é um rápido crescimento da carteira de “clientes digitais”. A chegada do open banking nos próximos meses/anos deve tornar esse mercado ainda mais atraente.
Bancos médios: quem são e por que eles tendem a se sobressair
No Brasil, há hoje cinco grandes bancos de penetração nacional, sendo dois deles estatais. Por outro lado, os bancos médios muitas vezes têm atuação regional, o que os torna também menos conhecidos do grande público.
Um banco médio é assim classificado principalmente por seu patrimônio líquido e pelo portfólio que oferece a seus clientes. Não significa que seus serviços sejam inferiores aos dos grandes bancos. Ao contrário, em muitos casos costumam ser superiores.
No caso de investimentos, por exemplo, os bancos médios oferecem, ao mesmo tempo, melhores taxas de remuneração e menos exigências quanto aos valores mínimos de entrada. Mas é na transformação digital que os bancos médios se destacam no mercado.
Um mercado a favor da agilidade
Uma característica marcante da quarta revolução industrial (a atual) é o ritmo incessante de substituição de tecnologias, conceitos e práticas. As empresas precisam ser muito ágeis na absorção de todas essas inovações.
Aqui reside uma grande vantagem competitiva dos bancos médios em relação aos grandes. Com uma estrutura mais enxuta, um banco médio acaba arcando com um legado “mais leve” na transição de cenários.
Em outras palavras, os bancos médios têm maior agilidade, tanto para absorver inovações internamente quanto para ofertá-las ao público, como por exemplo o processo de abertura de conta totalmente digital. Para os grandes bancos, inovar sempre traz consigo um elevado custo de adequação de suas estruturas.
Para garantir essa agilidade, os bancos médios contam com parceiros altamente especializados, como a Simply que oferece soluções que possibilitam a automatização de atividades manuais e a transformação de operações inteiras.
Vantagens e Desafios
Há ainda mais um fator a favor das possibilidades de crescimento dos bancos médios: o alto índice de desbancarizados no país. Em muitos casos, são pessoas que, apesar de não terem contas bancárias, estão plenamente conectadas ao mundo digital.
Assim, os bancos médios, com um elevado poder de construir e de ofertar soluções digitais, podem estar um passo à frente dos grandes bancos na abordagem a esse grande público.
Por outro lado, um grande desafio que se coloca para os bancos médios é o de superar uma imagem bastante difundida (e equivocada), segundo a qual eles apresentariam um risco mais elevado, por não terem a solidez das grandes instituições.
Vale lembrar que são médios, mas são bancos, estando sujeitos à mesma regulamentação e às mesmas garantias que regem a atividade das grandes instituições.
Gostou desse conteúdo? Assine nossa newsletter e receba semanalmente em seu e-mail novidades da era da Transformação Digital!