Com um mercado avaliado em cerca de 1,17 trilhões de dólares, a nova era de tokenização de ativos está apenas começando a desenhar seu potencial impacto econômico
O mundo financeiro está em constante evolução, impulsionado por avanços tecnológicos que reformulam a maneira como interagimos com o dinheiro e os ativos. Nesse cenário, a tokenização de ativos emerge como uma tendência que deve revolucionar a indústria de fundos.
Com um mercado de ativos digitais avaliado em cerca de 1,17 trilhões de dólares, segundo um estudo da Binance publicado no final do primeiro semestre de 2023, essa nova era de tokenização está apenas começando a desenhar seu potencial impacto econômico.
A estimativa é que a tokenização cresça até 80 vezes no mercado, alcançando um valor de quase 4 trilhões de dólares até 2030, segundo o relatório “Money, Tokens and Games: Blockchain’s Next Billion Users and Trillions in Value”, da Citi.
A previsão do Fórum Econômico Mundial (WEF) de 2023 também segue na mesma linha, reservando um amplo espaço para discutir o papel das tecnologias descentralizadas, incluindo a Web3 e a tokenização de ativos, na moldagem da nova economia digital.
Para te atualizar sobre essa tendência, separamos as principais novidades e hot topics relacionados à tokenização. Confira:
O que é tokenização de ativos?
Em primeiro lugar, é importante esclarecer o que é a tokenização de ativos. Ao contrário do que se imagina, a tokenização vai muito além das moedas digitais convencionais, expandindo-se para diversas classes de ativos.
Sob o guarda-chuva das tecnologias de registro descentralizadas (DLTs), a tokenização oferece uma abordagem disruptiva para definir, proteger e comercializar ativos de todas as naturezas.
Dessa forma, enquanto moedas digitais nativas podem ser a face mais visível desse movimento, o verdadeiro potencial da tokenização está em desbloquear novas maneiras de interagir com bens tangíveis, como imóveis e veículos, assim como ativos intangíveis, incluindo direitos autorais e royalties.
Na esfera dos serviços financeiros, a tokenização emerge como uma infraestrutura valiosa para aprimorar a eficiência operacional e reduzir assimetrias informacionais entre empresas e clientes.
Bancos globais, por exemplo, já estão se aventurando na tokenização de instrumentos financeiros tradicionais, como títulos públicos e privados, demonstrando a confiança no potencial dessa tecnologia.
Tokenização do Tesouro Americano
A Sinqia, inclusive, possui uma iniciativa interessante neste âmbito. A empresa apresentou no Next, programa de aceleração liderado pela Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac), um piloto que possibilita a compra de tokens do Tesouro Americano por fundos de investimento. O projeto foi desenvolvido em parceria com a fintech americana Conduit.
A solução será apresentada ao mercado em outubro de 2023, quando entra em vigor a Resolução CVM 175, o novo Marco Regulatório dos Fundos de Investimento.
CVM 175 e a revolução na indústria de fundos
Inclusive, a Resolução CVM 175 será outra transformação importante para o setor de fundos de investimento, também agregando em avanços importantes para a tokenização de ativos.
Em primeiro lugar, a resolução eleva o setor brasileiro aos patamares dos mercados internacionais mais desenvolvidos, reequilibrando papéis dos prestadores de serviços e traz mais segurança para os cotistas.
A Resolução CVM 175 também permite a aplicação direta em fundos com ativos como criptos e créditos de carbono, descarbonização e de metano. A aplicação direta pode ajudar a reduzir custos e melhorar a organização da estrutura do fundo.
Sobre os criptoativos, a resolução prevê que a negociação seja realizada somente em “exchanges” autorizadas por reguladores financeiros, o que vale tanto para ativos do Brasil quanto do exterior.
Real Digital: Um marco para a tokenização
Por fim, o Real Digital também se destaca como um marco significativo. A moeda digital regulamentada pelo Banco Central, que se chamará Drex e está em fase de testes, promete redefinir o mercado.
A chegada do Real Digital não apenas representa um avanço tecnológico, mas também traz implicações sociais e econômicas significativas. A moeda digital pode se tornar uma ferramenta poderosa para a inclusão financeira, permitindo que pessoas desbancarizadas participem mais ativamente do sistema financeiro.
Além disso, ao unificar transações e registros, o Real Digital pode simplificar processos burocráticos e agilizar operações, como transferência e registro de bens.
A Sinqia, inclusive, está auxiliando ativamente nesta transformação. A companhia é uma das participantes do projeto piloto da moeda, integrando um consórcio ao lado do Mercado Bitcoin, Mastercard, CERC e Banco Genial. Ao todo, o Banco Central selecionou 16 participantes nos testes da moeda.
Vantagens da tokenização de ativos
À medida que a nova economia digital se desdobra, a tokenização de ativos emerge como uma tendência inegável que irá remodelar os fundamentos da indústria de fundos. A tecnologia blockchain e as DLTs vêm pavimentando o caminho para uma infraestrutura de registro, negociação e liquidação mais eficiente e acessível.
Da mesma forma, conforme mais instituições financeiras e reguladores embarcam nessa jornada, é apenas uma questão de tempo até que a tokenização de ativos se torne uma parte intrínseca e transformadora do cenário financeiro global.
Sinqia no Ambima Summit 2023
Este é um debate que estará presente no Anbima Summit 2023, evento que reunirá grandes empresas do setor financeiro para abordar as tendências do mercado. Os participantes terão a oportunidade de desfrutar de experiências imersivas, ampliar suas redes de contatos e aproveitar uma programação diversificada.
A Sinqia é uma das patrocinadoras do evento e contamos com a sua visita ao nosso espaço. Para garantir a sua presença, basta acessar o site oficial do Anbima Summit e selecionar uma das experiências disponíveis que melhor se encaixam no seu perfil.