Conhecidas como moedas digitais, as criptomoedas tiveram seu “boom” em 2008 e desde então vem ganhando espaço dentro do mercado de investidores. Mas o que de fato são as criptomoedas? Como se deu sua evolução? De que forma isso impactará o futuro do mercado?
É exatamente sobre isso que trataremos nesse artigo. Confira!
O que são e como surgiram as criptomoedas?
As criptomoedas são uma espécie de dinheiro virtual descentralizado. Ou seja, diferentemente do real ou dólar, não há um órgão regulador dessas moedas em transações financeiras. São os usuários quem se encarregam de fazer isso a partir de uma rede mais popularmente conhecida como Peer-to-Peer – termo utilizado para se referir a transações que ocorrem com criptomoedas diretamente de um usuário para o outro.
As criptomoedas surgiram na década de 80, quando o programador americano David Chaum criou um tipo de dinheiro eletrônico com características criptográficas. Anos depois, sua criação serviria de base para o surgimento da primeira criptomoeda descentralizada em 2008, o Bitcoin.
Por que elas estão em alta?
Os primeiros ativos digitais com uso de tecnologia blockchain adotados em massa foram as criptomoedas. Elas facilitam não só o pagamento peer-to-peer sem intermediários, mas tornam-se ativos de proteção contra inflação de portfólios institucionais. O que anda estimulando o interesse de mais investidores por esses ativos, hipervalorizando a moeda digital.
Outro motivo para a alta das criptomoedas é sua volatilidade. Quando lançadas as criptomoedas valiam poucos centavos. Mas sua alta volatilidade faz com que passem por oscilações de valor com muita frequência.
Em 2017, por exemplo, uma única bitcoin alcançou a valorização de R$ 64 mil, ou seja, essa particularidade faz das moedas digitais um bom investimento a curto prazo.
O ano de 2021 foi um dos mais importantes para as criptomoedas, pois ocorreu o início da regulação de diversos produtos financeiros, como os ETFs de bitcoin e Ethereum abrindo margem para o setor se expandir muito.
Principais desafios das criptomoedas no mercado
Mesmo com a alta valorização das criptomoedas e seu rápido crescimento, esses ativos ainda são recentes. A evolução tem impulsionado a indústria a investir em processos que possibilitam maiores participações nesse mercado. Mas, não se pode negar que existem certos riscos associados a esses ativos e que vale a pena considerar.
A falta de controle sobre a compra e venda dessas moedas é um deles. Além disso, o método de armazenamento das criptomoedas também é outro desafio. Já que mesmo fornecendo alguma confiança, sua custódia em nada se compara aos das moedas tradicionais.
A própria oscilação da moeda é outro desafio a ser superado. Assim como o mercado de ações, as bitcoins operam por meio de especulação. Ou seja, trata-se de um ativo cuja valorização depende da oferta e demanda. Com isso, o valor monetário dessa moeda digital costuma variar conforme a movimentação dos ativos nas transações, o que eleva sua volatilidade.
Até pouco tempo, a regulamentação oficial das criptomoedas também se configurava como um dos desafios das moedas no mercado. Mas, recentemente, a Comissão de Assuntos Econômicos aprovou um projeto de Lei que não apenas reconhece, como regula o mercado de criptomoedas no Brasil.
Sobre a regulamentação
O projeto de lei aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado traz regras e diretrizes tanto para a prestação de serviços relacionados a ativos virtuais quanto para o funcionamento das corretoras.
O relator atribui ao Poder Executivo a responsabilidade de definir quais órgãos devem normatizar e fiscalizar os negócios com criptoativos, autorizar o funcionamento das corretoras e definir quais serão os ativos regulados.
São consideradas prestadoras de serviços de ativos virtuais a empresa que executa, em nome de terceiros, pelo menos um dos serviços abaixo:
- Resgate de criptomoedas (troca por moeda soberana);
- Troca entre uma ou mais criptomoedas;
- Transferência de ativos virtuais;
- Custódia ou administração desses ativos ou de instrumentos de controle de ativos virtuais;
- Participação em serviços financeiros relacionados à oferta por um emissor ou à venda de ativos virtuais.
Confira algumas diretrizes fixadas no projeto de regulação do mercado de criptoativos:
- Promover a livre iniciativa e a concorrência;
- Obrigar o controle e a separação dos recursos dos clientes;
- Definir boas práticas de governança e gestão de riscos;
- Garantir a segurança da informação e a proteção dos dados pessoais;
- Proteger e defender consumidores e usuários e a poupança popular;
- Garantir a solidez e eficiência das operações.
De acordo com o texto, o Poder Executivo deve criar normas alinhadas aos padrões internacionais para prevenir a lavagem de dinheiro e a ocultação de bens, assim como combater a atuação de organizações criminosas, o financiamento do terrorismo e da produção e comércio de armas de destruição em massa.
Quer saber mais? Clique aqui.
O que esperar das criptomoedas para o futuro?
A digitalização de ativos é algo que veio para permanecer. E em meio a esse “boom” das criptomoedas, o Brasil vem sendo um visto como um país de principal de interesse no mercado da América Latina em 2022.
O Brasil registou taxa de inflação de 10% em 2021 e desvalorização do Real quando relacionado ao Dólar americano. E esse desequilíbrio aumenta, contribuindo de certo modo para as exchanges de criptomoeda.
As criptomoedas vieram para ficar e se bem entendido os riscos e benefícios associados a esses ativos, pode ser uma grande fonte de lucro no mercado.
Gostou desse conteúdo? Assine nossa newsletter e receba semanalmente em seu e-mail novidades da era da Transformação Digital!