O Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios, ou FIDC, é um excelente caminho para quem busca investir em opções mais rentáveis e conservadoras. Além disso, essa é também uma alternativa interessante para administradoras e custodiantes que buscam viabilizar a obtenção de capital com baixo risco e sem burocracia.
Como o FIDC é uma categoria de fundo que apresenta algumas características específicas, compreender sua estrutura antes de ofertar e gerir essa opção de investimento é fundamental, sobretudo para quem ainda não está familiarizado com o universo dos FIDCs. Pensando nisso, preparamos este artigo onde explicamos detalhadamente o que é FIDC, como funciona, suas vantagens, entre outros pontos relevantes sobre o assunto. Confira!
O que é FIDC?
O FIDC corresponde a um tipo de aplicação de renda fixa que se concentra basicamente em títulos de crédito provenientes das contas a receber de uma empresa. Ou seja, trata-se de um fundo com lastro em recebíveis como duplicatas, cartões de crédito, parcelamentos, entre outras fontes. Cabe ao administrador ou custodiante constituir o fundo e captar recursos junto aos investidores a partir da venda de cotas desse fundo.
Como o FIDC funciona?
Basicamente, os FIDCs funcionam reunindo recursos de investidores para uma aplicação conjunta em direitos creditórios. Sua estrutura é composta pelos seguintes agentes:
- Cedente – Empresas que cedem os direitos creditórios ao fundo.
- Administradoras – Instituições responsáveis pela gestão da carteira do fundo.
- Cotistas – Investidores que aplicam dinheiro no FIDC para aquisição de cotas do fundo.
- Custodiantes – Instituições financeiras que fazem o controle dos recebíveis que integram o fundo de investimentos.
- Os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios são regulamentados pela instrução CVM 356 e devem seguir normas específicas de transparência. O objetivo é garantir a clareza na divulgação das informações, bem como na gestão de riscos, proporcionando maior proteção aos interesses dos investidores.
Como São Divididos os FIDCs
No que se refere à sua constituição, o FIDC pode ser dividido em Fundo Aberto e Fundo Fechado. O primeiro corresponde a um fundo com prazo indeterminado de duração, permitindo o ingresso de novos cotistas e viabilizando o resgate imediato do investimento ou novas aplicações pelos cotistas atuais, respeitando as regras de liquidez definidas pelo fundo.
Enquanto isso, o Fundo Fechado é uma modalidade com prazo determinado, não permitindo a realização de novos aportes financeiros, a menos que novos prazos de investimento sejam abertos. Além disso, nessa divisão, os cotistas não podem entrar ou sair após o término do prazo de captação de recursos.
Principais Desafios e Oportunidades
O FIDC, sem dúvida, contribui para ampliar o alcance e a capilaridade do mercado, flexibilizando e ampliando os canais de distribuição de crédito. Isso oferece condições que induzem o fluxo de recursos privados a esse tipo de ativo em crescimento. Somado a isso, novas resoluções envolvendo o FIDC, como a Resolução CVM 175, surgem trazendo mudanças que contribuem para democratizar o acesso a esse mercado, levando a abertura dos FIDCs também a investidores individuais.
No entanto, apesar das oportunidades, esse é um cenário que envolve alguns desafios, sobretudo para a gestão desses ativos. A necessidade de adequação operacional e infraestrutura tecnológica para atuar em conformidade com as novas regulamentações é um deles. Além disso, garantir maior celeridade na validação dos documentos referentes aos direitos creditórios aos critérios de elegibilidade definidos em regulamento é outro ponto desafiador para gestores e custodiantes.
Apesar disso, o FIDC é um mercado em plena expansão e que vem atraindo novos investidores devido à sua boa rentabilidade e baixo risco. Por isso, trata-se de uma ótima opção para gestores e custodiantes que visam não só flexibilizar investimentos e financiamentos, mas também garantir uma maior proximidade com o cliente e melhor compreensão de suas necessidades.