Eduardo Schvinger assume como diretor de Sales, Marketing & Growth da Sinqia. Em entrevista para o blog, o executivo conta a sua trajetória e planos para o novo cargo.
Com vasta experiência em vendas e desenvolvimento de negócios na América Latina, Eduardo Schvinger assume como novo diretor de Sales, Marketing e Growth da Sinqia.
O executivo diz ser apaixonado por transformação de negócios e chega na companhia comprometido com seu crescimento.
Engenheiro elétrico de formação, Schvinger já atuou em startups e grandes empresas do setor de tecnologia. Ao longo de sua jornada, ele tem se dedicado a ajudar companhias do setor a impulsionar o crescimento de receita e construir suas equipes e operações.
Em entrevista ao blog, Eduardo conta como foi a sua trajetória profissional até a Sinqia, compartilha análises sobre o setor financeiro e suas expectativas para o novo cargo. Confira:
Como foi a sua trajetória profissional até a Sinqia?
Sou formado em engenharia elétrica, com foco em sistemas, pela PUC–Rio e comecei a trabalhar em uma seguradora. Foi um trabalho bastante interessante, porque comecei a aprender um pouco de tecnologia, e me deu a oportunidade de ir para a área de TI de um banco no Rio de Janeiro.
Depois fui para uma grande empresa de tecnologia, para trabalhar em um grupo de consultoria e aprender a fazer reengenharia de negócios. Fiquei 3 anos lá, até que chegou uma hora que quis mudar de área, então vim para São Paulo.
Foi quando peguei um projeto gigantesco de reengenharia de negócios e sistemas. Foi o primeiro projeto de grande porte de offshore e desenvolvimento de software no Brasil.
Aprendi muito nessa época, principalmente que o maior desafio, em qualquer projeto, são as pessoas. Manter as pessoas engajadas em trabalhos complexos, que duram muito tempo. Então veio o convite de vender esse projeto para outros lugares e me tornei account manager.
Depois fui para outra grande empresa, em uma oportunidade voltada para o desenvolvimento do mercado financeiro. Foi lá que eu aprendi a não só continuar vendendo, mas fazer o desenvolvimento de negócios, estruturar uma abordagem que envolva parceiros, imprensa, relacionamento com clientes, vendas e marketing. Em 1 ano e meio, conseguimos grandes resultados.
Depois de passar por outras empresas, também atuando no desenvolvimento de negócios, decidi empreender. Então abri uma empresa com alguns amigos para vender, implementar e dar consultoria em um software do planejamento financeiro.
Saímos de 1 funcionário para 80 em 6 meses, foi um software super demandado. A partir dessa experiência, passei a ajudar na reestruturação e desenvolvimento de outras startups no Brasil e na América Latina.
Nessa época, aprendi que a gente sempre aprende alguma coisa, independente do nosso tempo de jornada. E que, mesmo com a indústria 4.0 e transformação digital, a América Latina ainda não tem uma cultura disruptiva, é uma cultura mais conservadora, evolutiva e de baby steps.
No período pós–pandemia, comecei a conversar com o João Bolonha. Ele me disse que queria transformar tudo na Sinqia, para crescer ainda mais. Lembro que ele usou a palavra que mais me define: transformar. Fiquei duas vezes mais interessado.
Entendi os desafios e logo vi que era a minha cara. Cheguei aqui e fui muito bem recebido, é um ambiente afável e responsável. Estamos fazendo as mudanças para a companhia crescer ainda mais no mercado.
Você comentou sobre a cultura conservadora da América Latina. Você acha que isso mudou na pandemia, com a intensificação da transformação digital?
Existe uma diferença entre uma cultura conservadora, mas evolutiva, e outra disruptiva. A América Latina é conservadora e evolutiva. O que ainda não conseguimos fazer é uma ruptura. Nos países com um capitalismo mais avançado, você vê essa outra cultura.
Esses países têm uma dinâmica diferente, institucionalizada no modelo de trabalho, de que a pessoa tem que trazer projetos novos para ser notado. As coisas também são bastante transparentes, cada um tem um budget para trabalhar. Aqui a norma é evoluir progressivamente.
A transformação digital acelerou esse processo, mas tem algo muito cultural aqui que barra uma ruptura.
O bacana no Brasil é que, no mercado financeiro especificamente, temos um sistema que está bem regulado e oferece muito incentivo à inovação. Assim vieram as fintechs, a tokenização de ativos, projetos junto ao Bacen, IFRS-9, mudanças no mercado de fundos, enfim. O setor financeiro ainda vai ter uma evolução muito grande no Brasil e, por sorte, temos um ambiente que incentiva isso.
Falando agora do seu novo cargo na Sinqia, quais são as suas expectativas?
Meu objetivo aqui é reestruturar a área de vendas, trazendo ainda mais foco no cliente, e construir uma visão única da Sinqia. Em relação ao marketing, quero potencializar o diferencial da Sinqia e de seus produtos inovadores.
Somos uma empresa que nasceu do mercado financeiro, fizemos 23 aquisições, já nos transformamos uma vez e vamos nos transformar de novo para continuar na liderança do mercado.