O Brasil está prestes a conhecer o primeiro grupo de empresas que irá experimentar as vantagens de um instrumento visto como uma das maiores colaborações à inovação: o sandbox regulatório. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) promete avaliar até a primeira semana de outubro as propostas apresentadas na primeira versão de sua iniciativa cujas inscrições foram encerradas no dia 19 de agosto. A expectativa é de que cerca de 20 projetos sejam selecionados para dar sequência na experimentação de novas ideias.
O Sandbox é um ambiente regulatório experimental constituído com condições especiais, limitadas e exclusivas, a serem cumpridas por sociedades participantes, por prazo limitado.
As empresas cujos projetos forem selecionados terão redução do custo regulatório, como o capital mínimo reduzido de R$ 15 milhões para R$ 1 milhão, simplificação do envio de dados para a Susep entre outras facilidades. Essas empresas poderão atuar pelo período de 36 meses. “Com o Sandbox, buscamos estimular a concorrência, diminuir os custos e proporcionar a entrada de novos players no mercado”, explicou o diretor da autarquia, Eduardo Fraga.
Ao participar de um webinar realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a superintendente da Susep, Solange Vieira disse esperar que sejam oferecidos produtos inovadores, com cobertura ampla especialmente para produtos de menor valor agregado como celulares, patinetes e bicicletas, entre outros.
Ao falar do sandbox regulatório ela ressaltou a importância das novas normas para os seguros de danos, que ela classificou como “mais ousadas“, e creditou a criação delas à decisão de separar os seguros massificados daqueles voltados para os grandes riscos.
“No caso dos seguros de grandes riscos, as empresas têm condições de discutir e negociar suas próprias regras e linhas de negócios diretamente. Haverá princípios básicos, mas, daremos liberdade e flexibilidade para o desenvolvimento de produtos. Grandes investimentos e negócios estão chegando ao Brasil e o seguro será grande aliado, possibilitando a redução de custos para o consumidor final”, declarou.
A superintendente da Susep projetou também um cenário de crescimento acentuado do mercado de seguros com base na inovação, maior concorrência, transparência, produtos flexíveis de menor custo e redução de preços.
Essa projeção está em linha com uma pesquisa recente conduzida pela empresa de consultoria e pesquisa de tecnologia, Information Services Group (ISG) na Europa. De acordo com o estudo, mais de 90% das seguradoras europeias esperam que o COVID-19 acelere as inovações digitais na indústria.
Além disso, mais de 95% dos entrevistados concordam total ou parcialmente que seus clientes desejam mais produtos e serviços digitais.
Certamente a revolução no mercado de seguros e previdência está em marcha e a única regra obrigatória neste jogo é ousar, testar, criar. Neste sentido, o sandbox regulatório surge como um porto seguro oferecendo um ambiente no qual as tentativas são protegidas de regulações mais rígidas.
A Sinqia e seu hub de inovação Torq vivem o dia a dia destes avanços e estão preparados para auxiliar no desenvolvimento de novas soluções, produtos e serviços incluindo projetos de participação em sandbox regulatórios.
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