Segundo especialista, empresas em desconformidade com normas de instituições como o Bacen, a CVM ou a Receita Federal estão sujeitas a punições
Em meio às constantes mudanças no mercado financeiro brasileiro, a adoção de tecnologias de ponta e a integração eficiente entre diferentes áreas passaram a ser aspectos prioritários para as empresas que integram o setor. Com as novidades recentes lançadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen), como o Open Banking e o Open Finance, players que atuam em diferentes pontos da indústria estão em constante evolução para obter maior assertividade. Como resultado, o aumento da competição permite que as companhias desenvolvam soluções inovadoras e tornando os produtos mais acessíveis aos consumidores.
No entanto, esse novo panorama exige que os fundos de investimentos, bancos, corretoras de valores e family offices tenham que verificar, constantemente, as atualizações divulgadas sobre as regras regulatórias. “Quando a empresa passa a ser monitorada por uma autoridade, como a CVM ou o Bacen, é necessário cumprir as regras regulatórias. O eventual descumprimento pode implicar em uma advertência, no pagamento de multa ou em penalidade mais severa para a instituição”, afirma a especialista pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Andrea Bueno.
Para resolver a dor do mundo corporativo e permitir que os gestores tenham foco em outros pontos prioritários do negócio, a Sinqia, empresa líder em desenvolvimento de software para o mercado financeiro, e a plataforma de compliance, fecharam uma parceria para oferecer um serviço que pode verificar a divulgação de normativos em 28 órgãos reguladores. Além do Bacen e da CVM, a plataforma é capaz de monitorar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o Ministério da Economia, a Receita Federal e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), entre outros.
No entanto, não seria possível atingir um grau elevado de qualidade nas buscas sem o apoio da tecnologia. O robô da plataforma conta com o auxílio de inteligência artificial embarcada, para fazer a verificação nos sites das instituições, com big data, visando o armazenamento e análise de grandes volumes de dados. Dessa maneira, após a publicação de um normativo, o robô faz uma leitura da nova regra e identifica quais clientes foram afetados. Em um segundo passo, a plataforma avalia, também, quais áreas foram impactadas entre as empresas avaliadas.
Com o intuito de solucionar também as dificuldades de gestão, a plataforma é web responsiva, ou seja, os clientes podem acessar de qualquer lugar por meio de diferentes dispositivos, como computadores, smartphones e tablets. E, por se tratar de inteligência artificial, a ferramenta passa por um processo de evolução contínuo, em que há melhorias a cada nova pesquisa. Concluído o processo de buscas, o material recolhido passa pela validação de especialistas altamente qualificados.
O momento seguinte, o disparo e uso das informações, podem acontecer de diferentes maneiras. Na primeira e mais simples, o envio por e-mail contempla o normativo, as análises das áreas impactadas e orientações a respeito das mudanças necessárias. No segundo modelo, ao invés de receber as informações por e-mail, o cliente acessa a plataforma e pode consultar os normativos nas instituições por meio de filtros, como o órgão regulador, a palavra-chave ou tipo do normativo (carta singular, ofício ou resolução, por exemplo).
Por fim, na terceira e mais robusta opção, o gestor pode acessar a ferramenta, consultar a nova regra e direcionar para a área afetada diretamente da plataforma. Caso uma das verticais em questão não siga as normas de forma adequada, seus gestores podem estabelecer um plano de ação para atender aquele normativo. Além disso, as companhias conseguem mensurar o nível de risco a partir do momento em que as informações começam a ser disponibilizadas.
“Ao longo dos últimos anos, nós construímos novas competências e repertórios que nos permitem ter uma oferta de serviços bastante robusta. A partir da parceria com a plataforma de compliance, queremos disponibilizar o que de melhor há no mercado para eliminar a burocracia das companhias do mercado financeiro”, completa o diretor de design de negócios da Sinqia, Fabio Gonsalez.