Com a popularização do uso do Pix no Brasil, o número de fraudes envolvendo esse meio de pagamento também aumentou substancialmente. Até 2027, estima-se que o total de perdas com esse tipo de golpe alcance aproximadamente R$ 3,7 bilhões, conforme aponta o Relatório de Fraude Scamscope, realizado pela ACI Worldwide em parceria com a GlobalData.
Para tornar o Pix mais seguro, o Banco Central estabeleceu novas regras para o meio de pagamento instantâneo. Acompanhe as principais mudanças!
Novos limites de segurança para os usuários
Uma das mudanças principais para fortalecer a segurança do Pix é que, a partir de agora, transferências acima de R$ 200 só poderão ser feitas a partir de um telefone ou computador previamente cadastrado pelo cliente da instituição financeira, com um limite diário de R$ 1.000 para dispositivos não cadastrados. Para movimentações maiores, será necessário o cadastro dos aparelhos.
A medida vale para celulares ou computadores ainda desconhecidos pelo sistema bancário, mas não altera as condições para dispositivos já utilizados em transferências via Pix.
Impactos nas instituições financeiras
As novas regras também impactam as instituições financeiras. Veja o que muda:
Gerenciamento de fraudes
De acordo com o Banco Central, os novos limites ajudarão a evitar fraudes e golpes deixando o pix mais seguro. Com isso, as instituições financeiras deverão adotar soluções de gerenciamento de fraudes capazes de identificar transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente, com base nas informações de segurança armazenadas no Banco Central.
Para isso, as IFs podem contar com o Risk Center 360º, uma solução da Evertec + Sinqia eficaz na prevenção e combate a fraudes. Combinando tecnologias avançadas, como análise preditiva e inteligência artificial, essa ferramenta oferece uma visão completa sobre as transações e pagamentos, auxiliando na identificação de padrões suspeitos e na prevenção abrangente de fraudes.
A plataforma ainda conta com um sistema de gerenciamento de regras intuitivo e um poderoso sistema de detecção que inclui uma ampla variedade de fontes de dados, proporcionando uma análise verdadeiramente abrangente e eficaz sobre os riscos de fraude.
Alerta de golpes
As instituições financeiras também deverão disponibilizar, em canais eletrônicos de fácil acesso aos clientes, informações sobre os cuidados necessários para evitar fraudes.
Verificação de segurança
Será obrigatório que as instituições verifiquem, pelo menos a cada seis meses, se os clientes possuem marcações de fraude nos sistemas do Banco Central.
Assim, as IFs poderão adotar ações específicas em caso de transações suspeitas ou fora do perfil do cliente, como encerramento de relacionamento, limites de tempo diferenciados para autorização de transações e bloqueios cautelares para transações recebidas.
Segundo a Febraban, as novas regras são positivas e representam “fruto do debate constante com a autoridade monetária para aprimoramentos das regulações dos meios de pagamento”.
As exigências foram discutidas com especialistas do mercado financeiro e buscam tornar o Pix um meio de pagamento cada vez mais seguro para a população.
Pix por aproximação
Além das novas regras, o Banco Central anunciou que o pagamento por Pix poderá ser feito por aproximação até o fim de 2024.
Integrado às carteiras digitais, esse novo recurso permitirá que o usuário não precise acessar o aplicativo do banco, reduzindo etapas e tornando o pagamento mais prático.
Para utilizar o Pix por aproximação, será necessário cadastrar uma instituição financeira diretamente na carteira digital do dispositivo, usando os dados da conta bancária em vez do número do cartão.
Além disso, o recurso do Pix automático, anteriormente previsto para 2024, foi adiado para 2025.