Especialistas do setor financeiro reuniram-se no segundo painel do Sinqia Summit, evento organizado pela Sinqia durante os dias 28 e 29 de novembro de 2023, para discutir as oportunidades e desafios proporcionados pelo Open Finance.
Paulo Wiegand, líder do time de Product Managers e Product Designers na vertical de Previdência da Sinqia, Bruno Loiola, co-fundador da Pluggy, e Thiago Iglesias, Head de Inovação do Torq, compartilharam suas visões sobre como o Open Finance está moldando o cenário financeiro atual.
Bruno Loiola iniciou a conversa enfatizando que o Open Finance representa uma evolução da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Hoje, as maiores empresas do mundo são aquelas que utilizam dados: Google, Apple, Amazon. São companhias que sabem utilizar essas informações de forma eficiente”, disse o especialista.
“A LGPD veio para regular esse cenário, e o Open Finance é uma evolução disso para o mercado financeiro”, completou. Loila destacou que o compartilhamento dessas informações empodera as pessoas. Segundo ele, os dados não pertencem mais exclusivamente aos bancos, mas sim às pessoas.
Oportunidades do Open Finance
Paulo Wiegand então trouxe a perspectiva do Banco Central, destacando a agenda do Open Finance para estimular a competição ao fornecer dados às partes interessadas. Utilizando a analogia de uma rodovia bem pavimentada, mas com espaço para desenvolvimento de novos produtos e serviços, Wiegand expressou sua crença na colaboração e experimentação.
“O Torq, por exemplo, faz a conexão da Sinqia com startups de Open Finance, como a Pluggy, além da nossa própria conexão com os clientes e times de produto e desenvolvimento. Acreditamos muito nesse processo colaborativo de novos casos de uso”, contou. Ele ressaltou a importância de testar, aprender com os erros e adaptar-se para encontrar o melhor caminho em um ambiente de extrema competição.
Bruno Loiola então destacou como esse ecossistema permite a inovação ao facilitar a conexão de desenvolvedores e empresas aos dados financeiros de forma simples. Ele enfatizou que, além do setor de crédito, o Open Finance oferece vantagens em diversas indústrias.
Thiago Iglesias expandiu o conceito de “open” para além do “finance”, ressaltando a importância de focar no cliente para impulsionar a criação de novos produtos e experiências significativas.
Desafios de entregar mais valor ao usuário
Os participantes concordaram que um dos principais desafios do OF é comunicar efetivamente seus benefícios ao usuário final. Wiegand mencionou o caso de uso na Previdência, destacando como a Sinqia conseguiu ampliar a portabilidade de forma instantânea, reduzindo a burocracia.
Loiola sublinhou a importância de entregar valor ao cliente final, tornando o uso dos dados transparente e benéfico. “Em 2024 certamente veremos grandes bancos se movendo em relação a isso, e cada vez mais valor tangível ao usuário”, opinou.
Loiola antecipou uma evolução na iniciação de pagamento no próximo ano, enfatizando a importância dos “super apps” e prevendo uma união de aplicativos para proporcionar uma visão completa da vida financeira do usuário.
Ele destacou que os aplicativos financeiros terão um papel crucial na gestão financeira, fornecendo insights relevantes aos consumidores e desafiando a necessidade dos aplicativos bancários tradicionais. Ao abordar a colaboração entre empresas no contexto do OF, Loiola destacou a crescente tendência de iniciativas de criação de ecossistemas entre diferentes bancos.
O painel ofereceu uma visão detalhada das oportunidades e desafios que o Open Finance apresenta, com os especialistas enfatizando a necessidade de colaboração para explorar todo o potencial desse cenário inovador.
O consenso foi de que o Open Finance está impulsionando uma transformação significativa no setor financeiro, e a colaboração entre as empresas é essencial para aproveitar ao máximo essas oportunidades.
Confira a transmissão completa do 1º dia:
Confira a transmissão completa do 2º dia: