De quantas formas podemos utilizar uma tecnologia como a Inteligência Artificial (IA)?
De fato, IA tem se mostrado uma tecnologia extremamente versátil, com amplas possibilidades de aplicação. Em um de seus relatórios, a consultoria Gartner Group a rotulou como “a mais disruptiva das tecnologias pelos próximos dez anos”.
Popularmente, IA é muito lembrada como a tecnologia que dá autonomia aos robôs que prestam atendimento aos clientes, enriquecendo a experiência vivida por estes.
Mas, muitas empresas vêm descobrindo as vantagens da aplicação da inteligência artificial em seus processos internos. É o chamado backoffice cognitivo.
Nesse post você vai saber um pouco mais sobre essa prática, que promete e de fato gera elevados ganhos de produtividade no dia a dia das organizações.
Inteligência Artificial aplicada ao backoffice: uma tendência irreversível
Um estudo ainda mais recente do Gartner Group constatou que, até 2021, 70% das empresas têm a intenção de aplicar IA a seus processos internos, como uma ferramenta de assistência aos colaboradores.
Na prática, isso equivale a contar com uma força de trabalho virtual extremamente produtiva.
Como IA se insere no backoffice
O contínuo desenvolvimento da IA tem tornado possível ir além da tradicional RPA, a automação robótica de processos repetitivos. Cada vez mais tarefas complexas vêm sendo assimiladas pela chamada automação inteligente.
Assim, as empresas podem empregar as ferramentas de IA para:
- Automatizar processos, liberando colaboradores para atividades mais complexas;
- Oferecer assistência aos colaboradores, tornando seu trabalho mais produtivo, preciso e completo;
- Ajustar sua capacidade produtiva à demanda (escalabilidade). Como força de trabalho virtual, as ferramentas de IA podem facilmente absorver eventuais elevações do volume de trabalho a ser realizado.
Entre os processos mais propensos à aplicação de IA temos:
- Processamentos como os de Folha de Pagamento, Contas a Pagar e Contabilidade;
- Gestão de contratos;
- Gestão de logística e armazenamento;
- Avaliação de atendimento e de satisfação do cliente;
No segmento financeiro, por exemplo, encontramos atualmente aplicações da IA para:
- Leitura de contratos e pareceres no âmbito jurídico;
- Processos específicos de Recursos Humanos;
- Cadastramento de contas;
- Análise de dados para:
- Tesouraria e investimentos;
- Concessão de créditos;
- Logística e abastecimento de caixas eletrônicos.
Uma questão importante a ser considerada pelas empresas é que a adoção da IA não deve ser entendida apenas como uma possibilidade de reduzir custos cortando postos de trabalho. Ela traz, acima de tudo, a possibilidade de elevar o padrão dos produtos e serviços da empresa, proporcionando satisfação tanto aos clientes quanto aos colaboradores.
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Implantando a IA no backoffice
É natural que a introdução de inovações crie resistências dentro das empresas. No caso da IA essa reação é ainda mais compreensível, dado que, se não for bem planejada e comunicada, ela de fato tende a soar como uma ameaça à manutenção do emprego de muitos colaboradores.
Para quebrar a resistência às mudanças, as empresas devem:
- Ter clareza quanto aos objetivos a serem alcançados pela introdução da IA no backoffice;
- Disseminar esses objetivos dentro da empresa, desmistificando a imagem da tecnologia como mera substituta do trabalho humano;
- Realizar um teste-piloto de uso da IA, em escala reduzida, para demonstrar de que forma o novo processo impactará o dia a dia dos colaboradores e da própria organização.
Conforme vimos, o uso da Inteligência Artificial representa uma enorme possibilidade de transformação para as empresas, não só na interação com o cliente, mas ao longo de todo o processo produtivo. Visualizar esse recurso como uma “força de trabalho virtual” ajuda a entender o quanto ela é capaz de produzir resultados.