Entenda as oportunidades e o impacto da iniciação de pagamentos na experiência dos usuários e na competitividade das instituições financeiras
Simplificar o processo de pagamento, melhorando a eficiência e segurança nas transações. Esse é o objetivo da iniciação de pagamentos, um método de transferência inteligente que está transformando o cenário financeiro atual.
Com a ascensão do Open Finance e a integração de novas tecnologias no mercado financeiro, as soluções de iniciação de pagamentos têm se popularizado no Brasil, proporcionando maior conveniência para consumidores e empresas.
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Iniciação de pagamentos movimenta o mercado em 2024
Impulsionada pelo avanço do Open Banking e Open Finance, a iniciação de pagamentos é uma tecnologia que ganhou força nos últimos anos. Em julho de 2023, a iniciação de pagamentos movimentou cerca de R$65 milhões, um aumento de seis vezes em relação ao mesmo período de 2022. Em dezembro do mesmo ano, as movimentações com Pix chegaram a quase R$140 milhões, segundo dados do Banco Central.
Em 2024, a expectativa é que, até o final do ano, as transações via iniciação de pagamento atinjam 20% das movimentações via Pix. Atualmente, 27 instituições entre bancos, fintechs e sistemas cooperativos estão aptos a operar nesse modelo de pagamento.
Alguns bancos como Itaú, Bradesco e fintechs como Nubank e Mercado Pago estão entre os maiores iniciadores de pagamento no Brasil. Além disso, há várias outras instituições ainda em processo de adesão.
O que é a iniciação de pagamentos?
Podemos definir a iniciação de pagamentos como uma modalidade de transferência conta a conta que funciona no ambiente de Open Finance. A partir de APIs confiáveis, os usuários permitem que instituições financeiras compartilhem seus dados com plataformas de terceiros.
Assim, é possível não só realizar transações mais diretas e sem a necessidade de intermediários, como também ter acesso a novos serviços financeiros.
E como funciona?
No Brasil, o processo de iniciação de pagamento funciona realizando transações de pagamento via Pix fora do ambiente bancário, mediante prévia autorização do usuário. Ou seja, ao selecionar a opção de pagamento Pix via Open Finance, o usuário autoriza o provedor de serviços de pagamento (PSP) a acessar sua conta bancária para efetuar a transação.
Uma vez feita essa autorização, o PSP envia uma solicitação de pagamento ao banco do usuário, utilizando APIs seguras. O banco então avalia a autenticidade da solicitação, assim como a identidade do usuário, antes de efetivar a transferência.
Após a confirmação, o pagamento é feito e o PSP notifica o usuário sobre a conclusão da transação. Atualmente, a iniciação de pagamento é feita apenas via Pix. Contudo, o Banco Central já projeta novas modalidades de iniciação para transações financeiras, como DOC, TED, Pix QR Code, entre outros.
>> Leia também: A relação do consumidor e os novos meios de pagamento
Exemplos de uso da iniciação de pagamentos
No setor financeiro, existem várias possibilidades de aplicação da modalidade de iniciação de pagamento. Veja a seguir alguns dos casos mais comuns de uso dessa funcionalidade:
Cash-in: com a aplicação da iniciação de pagamento, é possível otimizar os depósitos em conta, realizando transferências para carteiras digitais ou adicionando créditos nos cartões pré-pagos em poucos cliques.
Desse modo, os bancos e instituições financeiras conseguem garantir transações mais ágeis e com menos fricções. E como todo o processo ocorre no ambiente do Open Finance, regulado e seguindo as diretrizes do Banco Central, a segurança e privacidade dos usuários também são garantidas, proporcionando uma experiência sem igual.
Pagamentos de serviços: também é possível utilizar a iniciação de pagamentos para a quitação de contas de utilities, como água, luz e internet, por exemplo.
Os serviços não básicos, mas que também necessitam de pagamentos recorrentes, também podem ser pagos usando essa funcionalidade. Assim, eliminam-se as fricções no processo de pagamento e melhora-se a gestão do fluxo de recebíveis das concessionárias.
Compras online: a iniciação de pagamentos simplifica as compras online feitas em e-commerces e marketplaces. Com essa modalidade, os consumidores podem efetuar pagamentos diretamente de suas contas bancárias. Isso, por sua vez, elimina a necessidade de intermediários, reduzindo custos com taxas e elevando a segurança nesse processo.
Oportunidades das transferências inteligentes no Open Finance
A modalidade de iniciação de pagamento é, sem dúvida, um dos recursos mais promissores no contexto do Open Finance.
Através dessa modalidade de transferência inteligente, é possível otimizar compras online, simplificar pagamentos recorrentes, realizar aplicações financeiras, bem como outras transações. Tudo isso usando recursos mantidos em outras contas bancárias, facilitando e tornando mais conveniente o processo de pagamento para consumidores e empresas.
E as oportunidades não param por aí. As transferências inteligentes no âmbito do Open Finance também possibilitam automatizar a movimentação entre contas de mesma titularidade e gerenciar valores em um só lugar. Futuramente, a expectativa é que a jornada evolutiva das transferências via Open Finance ocorra sem redirecionamentos.
Ou seja, esse mecanismo irá possibilitar a iniciação de pagamentos sem que o usuário seja redirecionado a outra instituição a cada nova transação. Mais que isso, há grande expectativa pelo chamado pagamento recorrente variável, uma nova etapa das transferências inteligentes via Open Finance, que permitirá transações entre titularidades distintas.
Essas são evoluções que irão depender de ajustes em sistemas e processos internos. Portanto, as empresas que querem se posicionar bem frente a essas mudanças precisam adaptar suas tecnologias para receber esse tipo de operação com fluidez.
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