A expansão das cooperativas de crédito no país está gerando diversos impactos no mercado, movimentando grandes valores, ao mesmo tempo em que conquistam clientes.
Acompanhe nesse artigo o que são essas cooperativas e como elas têm se expandido no Brasil.
O que são as cooperativas de crédito
As cooperativas de crédito são associações de pessoas, que ingressam voluntariamente e assumem a posição de sócias dentro da cooperativa. A partir de então, realizam movimentações financeiras por meio da associação.
Como resultado, os clientes, que também são acionistas e donos da cooperativa, deixam de usar os serviços dos bancos tradicionais. Como as cooperativas de crédito não possuem uma finalidade de lucro, os seus preços são mais competitivos.
Além dos preços acessíveis, as cooperativas oferecem outros benefícios. Um deles é a destinação das sobras financeiras, o que é decidido por meio de assembleia geral. Na maioria das vezes os valores são distribuídos entre os sócios.
Tipos de Cooperativas de Crédito
Segundo a Política Nacional de Cooperativismo, definida pela Lei nº 5.764/1971, instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas, suas características, definiu os princípios do cooperativismo e os seguintes tipos de cooperativas:
- Singulares: são as constituídas pelo número mínimo de vinte pessoas, sendo permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto atividades econômicas correlatas às de pessoa física, ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos.
- Centrais ou federações de cooperativas: são as constituídas de, no mínimo, três singulares filiadas.
- Confederações de cooperativas centrais: são as constituídas por pelo menos três cooperativas centrais ou federações de cooperativas, da mesma ou de diferentes modalidades.
As cooperativas de crédito e as instituições financeiras
O crescimento das cooperativas de crédito acontece em um momento de transformação do mercado financeiro. As fintechs, que são startups financeiras, estão ganhando força, competindo de igual para igual com os bancos tradicionais.
Mas as fintechs não estão sozinhas: as cooperativas de crédito estão mostrando um desempenho satisfatório no mercado, atraindo cada vez mais olhares. Elas oferecem a mesma carta de serviços dos bancos, com condições melhores.
No entanto, vale a pena destacar que bancos e cooperativas são instituições diferentes. Os bancos precisam gerar lucro para os acionistas, ao passo que as cooperativas distribuem resultados, sendo os clientes ao mesmo tempo sócios.
O que diz o Banco Central sobre o tema
De acordo com um levantamento do setor realizado pelo Banco Central, o quadro de associados aumentou 14,5%, passando para 15,6 milhões, sendo 13,2 milhões de pessoas físicas e 2,4 milhões de pessoas jurídicas no país.
Além disso, a última edição anual do Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) mostra que a rede de 799 cooperativas singulares, 32 cooperativas centrais e quatro confederações, além de dois bancos cooperativos, garante presença física em 55,3% dos municípios brasileiros, com pelo menos uma unidade de atendimento. Tais unidades somam 9.122 em todas as regiões do país e têm representado, em alguns casos, a única alternativa presencial de acesso a serviços financeiros pela inexistência de agências bancárias tradicionais.
Entre os interessados nesse formato de organização, estão principalmente as micros e pequenas empresas e produtores rurais.
O panorama que vem sendo traçado e publicado anualmente confirma que o cooperativismo de crédito se encontra apto para ampliar sua participação no cenário do SFN, contribuindo cada vez mais para o aprimoramento da concorrência e eficiência.
Vale lembrar que, o cooperativismo de crédito faz parte da Agenda BC#, plano de ações institucionais do BC. Alocado na dimensão inclusão da agenda, ele é objeto de vários projetos que incentivam seu desenvolvimento e inserção por todo o país.
As cooperativas de crédito e a movimentação financeira
De acordo com o panorama, os ativos do sistema de crédito cooperativo, assim como em anos anteriores, cresceram bem acima do observado no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Com aumento de 28,6% no último ano, o total de ativos do cooperativismo de crédito somou R$ 590 bilhões em dezembro, enquanto a expansão de ativos das entidades restantes do SFN foi de 11%. As captações, fundamentais para suportar o aumento do crédito, também cresceram em ritmo superior ao do restante do SFN, alcançando R$ 466 bilhões.
A maior parte dos ativos refere-se a operações de crédito (R$ 383 bilhões), concedidas a micro e pequenas empresas, entre as Pessoas Jurídicas associadas, e a produtores rurais, entre as Pessoas Físicas. Isso demonstra a importância do segmento para o desenvolvimento da atividade econômica, principalmente no interior do País, onde o setor possui atuação marcante.
As cooperativas de crédito estão crescendo e representam uma possibilidade viável para aqueles que buscam por alternativas financeiras. Elas contribuem para a expansão do mercado de crédito, de modo geral, e para o desenvolvimento local, em particular.
Além disso, essas cooperativas tendem a se beneficiar do Open Banking, que já está na agenda regulatória do BC para 2021. Este modelo propõe mudar a maneira como o mercado financeiro atua, incluindo seus agentes e consumidores. Neste aspecto, incluem-se, também, os cooperados.
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