Em entrevista ao blog, a diretora de Consórcio da Sinqia, Luciana Precaro, fala sobre a sua experiência na maternidade e os desafios na conciliação com a carreira
O Dia das Mães é uma data celebrada, no Brasil, no segundo domingo do mês de maio. Nele é homenageado todo o amor, carinho e dedicação que as figuras maternas têm com seus filhos. Contudo, os desafios vividos pelas mães ainda são muitos, em especial no mercado de trabalho.
Pensando nisso, muitas empresas têm investido em ações e benefícios para dar o suporte necessário às mães e pais. A Sinqia tem diversos benefícios voltados para a qualidade de vida, saúde e bem-estar de seus colaboradores, assim como iniciativas exclusivas para quem tem filhos.
É o caso do auxílio creche, convênio médico para dependentes, sala de amamentação no escritório, cesta de natalidade, programa de acompanhamento de maternidade, além de trabalho híbrido e horário flexível para adaptação da rotina, o que vale para todos os colaboradores.
Além disso, a Sinqia passou a fazer parte do programa Empresa Cidadã, que concede 6 meses de licença maternidade e 20 dias de licença paternidade. Anteriormente, a companhia oferecia 4 meses de licença maternidade e 5 dias de licença paternidade.
Não há dúvidas de que o futuro será cada vez mais inclusivo e diverso. Para isso, no entanto, é preciso combater preconceitos ainda presentes no mercado de trabalho. Em entrevista ao blog, a diretora de Consórcios da Sinqia, Luciana Precaro, fala sobre a sua experiência na maternidade e os desafios na conciliação com a carreira. Confira:
Como foi a maternidade para você?
Eu sempre priorizei a questão profissional e entendia erroneamente que, a partir do momento que eu escolhesse ter um filho, teria que abrir mão da minha carreira. Por sorte, eu tive uma gestação maravilhosa, sem nenhuma intercorrência, e quando a minha filha Valentina nasceu, vi que a maternidade é uma experiência que te inspira a ser melhor como pessoa.
Como a minha filha é uma inspiração para eu ser melhor, eu acabei me dedicando mais a todos os aspectos da minha vida: como profissional, como mãe, como amiga, como filha, enfim, em todos os aspectos.
Então, aquele meu dilema inicial de ter que abrir mão da minha carreira, vi que foi super conciliável. É óbvio que, em alguns momentos, não é tão simples. A minha filha ficava em Campinas e eu trabalhando em São Paulo. Muitas vezes peguei a estrada chorando. Mas, a cada retorno, a cada reconhecimento dela, me tornava uma melhor mãe.
Eu vejo hoje que, o que eu estava vivendo naquela época, eu vivi integralmente. Lógico que eu tive um super apoio, principalmente da minha mãe, uma mulher maravilhosa, mas enquanto eu estava trabalhando, eu estava trabalhando. Enquanto eu estava com a minha filha, eu estava com a minha filha. Superado esse dilema da maternidade e trabalho, essa divisão, eu vi que consegui me aprimorar dos dois lados. Hoje, eu sei que acabo sendo uma inspiração para a minha filha e para as mulheres que buscam essa independência.
Quais são os principais desafios para as mães que estão no mercado de trabalho?
Quando o filho fica doente, principalmente. É natural que até certa idade eles tenham bastante gripe, virose, amigdalite. Eu lembro de entrar de camisola embaixo do chuveiro com a minha filha para baixar a febre dela. No dia seguinte é óbvio que estamos mais cansadas, depois de passar uma noite em claro. Isso é um ponto muito difícil, mas tive uma rede de apoio.
Por isso, incentivo às mães a construírem essa rede de apoio, principalmente com amigas, onde uma apoia a outra, e que elas tenham outras mães como referência. A troca, o compartilhar com as amigas, é muito importante.
O que fez diferença para você, como mãe, no ambiente de trabalho? Quais foram as ações, iniciativas e até comportamentos que mais te auxiliaram?
Em primeiro lugar, é importante falarmos que existe um preconceito de que quem é mãe vai entregar menos no trabalho. Ao contrário, acho que mãe vira uma leoa, mãe entrega mais. A gente é sempre desafiado na criação do filho e tem que se reinventar para subir a régua. Isso acaba refletindo na nossa carreira.
Eu tive a oportunidade de levar a minha filha comigo em alguns momentos no trabalho, até para que ela entendesse o porquê da minha ausência com ela. Isso foi de extrema importância. Ela amava ir ao escritório, ficava super comportada. O fato dela entender a importância do meu trabalho e reflexo para as pessoas, fazia com que nós duas ficássemos bem.
A Sinqia se preocupa com o bem-estar de todos os colaboradores e, no mês das mães, aderiu ao programa Empresa Cidadã, que aumenta o prazo de licença maternidade para 180 dias e paternidade para 20 dias. Em termos de ações por parte das companhias, ou até mesmo políticas públicas, o que mais poderia fazer a diferença?
A sala de amamentação no escritório é incrível e foi uma iniciativa muito bacana da Sinqia. A amamentação é um ponto extremamente desafiador, tem um desgaste muito grande, mas também é um momento importante de conexão com o filho.
Pensando em outros aspectos, acredito que é importante ouvir cada vez mais das próprias mães o que poderia facilitar a vida delas. Existe muita culpa envolvida no processo da maternidade, então a partir do momento que essas conversas começam a acontecer, acaba sendo um processo muito mais tranquilo.
Tem soluções tecnológicas que hoje permitem às mães estarem mais próximas dos filhos, mas o apoio do pai, se possível, também deve ser valorizado. O pai tem licença paternidade, mas depois volta tudo para a mãe. Ter essa responsabilidade compartilhada é muito importante.