Com o avanço da tecnologia, muitas pessoas e organizações começaram a relatar uma onda de reações contrárias a onipotência dos meios tecnológicos. Marcas gigantes, como o Google e o Facebook, estariam no centro desse debate.
Esse seria o efeito “tech-lash”, que se configura como uma postura contrária à tecnologia. No entanto, a experiência prática e os relatórios globais vêm demonstrando justamente o contrário: a reação do público está sendo cada vez mais positiva. A partir daí surge o conflito tecnológico (ou tech-clash). Entenda mais sobre esse fenômeno e como ele se relaciona com as empresas.
Afinal, como está a relação das pessoas com a tecnologia?
Apesar de existirem teorias que afirmam que as pessoas estão começando a se voltarem contra à tecnologia (efeito tech-lash), existem evidências que apontam um conflito tecnológico, também chamado de efeito “tech-clash” ou choque tecnológico.
Nesse contexto, o público está cada vez mais intrigado – e ansioso – com relação a tecnologia. Existe euforia e animação com relação ao novo e às possibilidades do mundo moderno.
No entanto, as empresas continuam aplicando recursos e ferramentas tecnológicas com base em padrões anteriores à transformação digital. Esse descompasso acaba gerando um conflito.
A tecnologia deixou de ser um diferencial
Se no passado a tecnologia era vista como um diferencial, agora é um requisito indispensável para o sucesso de uma empresa. É preciso, nesse sentido, superar o conflito tecnológico.
Isso significa que adotar estratégias que envolvam o uso de tecnologia é fundamental para a continuidade de qualquer negócio. A adoção da tecnologia é o que garante a competitividade de mercado.
Além de implementar os recursos que estão disponíveis agora, cabe aos gestores e empreendedores observar as tendências para o mercado da tecnologia. Afinal de contas, as tecnologias estão em constante transformação.
Como sobreviver ao conflito tecnológico
Para que as empresas consigam sobreviver ao tech-clash, é preciso estar atento às tendências e implementar mudanças consistentes no meio organizacional.
Mais do que adotar processos de automação e investir em tecnologia de ponta, também é importante adequar a cultura da empresa, para que exista uma mentalidade de colaboração e aceitação da tecnologia no dia a dia.
Conheça as principais tendências
A Accenture, divulgou um relatório com as principais tendências para 2020. Essas tendências indicam como a tecnologia impactará no dia a dia das empresas. Confira:
- O “eu” na experiência
De acordo com o relatório, o foco da atuação das empresas deve estar voltado para a experiência digital dos consumidores. O público consumidor apresenta desejo por experiências personalizadas, mas com a condição de serem ouvidos e serem capazes de escolher o que desejam consumir.
Além disso, as pessoas querem a liberdade para voltar atrás em suas decisões e reverem suas preferências. As empresas devem, nesse sentido, repensar o método que utilizam para garantir uma experiência de qualidade.
- A inteligência artificial
A inteligência artificial deixou de ser um conceito aplicado apenas a automação de tarefas simples, passando a integrar toda a estrutura das organizações. Agora, é uma ferramenta de colaboração, que permite a conexão entre humanos e máquinas.
Para que as empresas superem o conflito tecnológico, é importante entender a necessidade de integração entre a inteligência artificial e os processos humanos. Essa interação fomentará o surgimento de novas ferramentas úteis para as empresas.
- Copropriedade
Com as mudanças tecnológicas, estamos experimentando também uma mudança na noção de propriedade. A compra de veículos, por exemplo, está perdendo espaço para o aluguel, o que fez crescer o número de apps de mobilidade urbana.
- A era dos robôs
Com a redução nos custos de fabricação e avanços tecnológicos, os robôs tendem a ganhar cada vez mais espaço. Eles estão saindo dos projetos, para entrarem no dia a dia das pessoas. As redes 5G, por sua vez, estão possibilitando a integração dos robôs nos mais variados espaços – carros autônomos, casas inteligentes, robôs assistenciais. Veremos como essa mudança afeta o mundo nos próximos meses e anos.
- DNA da inovação
Outra tendência que está relacionada com o conflito tecnológico diz respeito ao DNA da inovação. Para que uma empresa seja capaz de sobreviver a esse contexto, ela deve possuir algumas características básicas. O DNA da inovação é formado por tecnologias digitais maduras, avanços científicos e tecnologias emergentes, inteligência artificial (IA), realidade aumentada (XR) e computação quântica.
Agora você já sabe o que é o conflito tecnológico e como ele pode ser solucionado. Apresentamos as principais tendências para as empresas, no que diz respeito às tecnologias para que possam pensar e avaliar a melhor maneira de aplica-las.
No final das contas, a resposta está na experiência dos consumidores, que deve ser cada vez mais personalizada e profunda. Além disso, o poder de escolha deve ser atribuído aos clientes, para que eles se tornem protagonistas no processo de compras.
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