Em entrevista, o Vice–Presidente de Operações da Sinqia, Claudio Prado, comenta sobre as transformações do mercado e da empresa, além da nova aquisição da Compliasset.
Graduado e mestre em Engenharia da Computação pela USP, Claudio Almeida Prado atua na área de Tecnologia da Informação há cerca de 30 anos. Antes de assumir como Vice–Presidente de Operações da Sinqia, em outubro de 2022, Prado ocupou diversas posições executivas em grandes empresas, como Grupo Abril, Grupo Santander e Fleury.
O executivo também atuou como diretor–presidente da Pulso Tecnologia, uma pioneira no segmento de internet banking, adquirida pela Sinqia ainda em 2006.
Em entrevista para o blog, Prado comenta sobre as transformações do mercado financeiro e da Sinqia, destacando os desafios da área de Operações e planos de crescimento para 2023.
Apesar de ter assumido a área de Operações recentemente, você conhece a Sinqia há bastante tempo, tendo atuado como conselheiro da empresa por sete anos. Sabemos que a companhia mudou muito ao longo desses anos. Quais foram os principais avanços?
Foram muitos os avanços. A Sinqia, nos últimos 5 anos, cresceu mais de 5 vezes e ampliou muito o portfólio de soluções. A empresa hoje está se consolidando como uma one stop shop, ou seja, é capaz de oferecer uma gama muito grande de soluções que atendem as principais demandas do mercado financeiro como um todo.
Hoje a Sinqia é uma outra empresa, está em outro patamar. É uma empresa muito maior, ganhou complexidade, principalmente porque parte importante do nosso crescimento foi inorgânico, ou seja, através de aquisições. Sem dúvidas, vimos um progresso muito grande.
A Sinqia recentemente anunciou uma nova aquisição. De que forma a Compliasset agrega à companhia?
A Compliasset é bastante complementar. Do ponto de vista estratégico, eu vejo duas características interessantes nessa transação.
De um lado ela amplia a nossa atuação, possibilitando a entrada da Sinqia no mercado de soluções para Compliance e Regulatório, sem criar uma sobreposição com soluções que a gente já entrega aos nossos clientes.
Assim, ficamos ainda mais preparados para ofertar soluções de one stop shop ao mercado.
O segundo aspecto superinteressante é a baixa intersecção entre a base de clientes da Compliasset e da Sinqia. De uma forma estruturada, vamos conseguir ter acesso aos clientes deles e eles aos nossos.
Quais são os principais desafios e expectativas para a área de Operações em 2023?
O nosso grande desafio, principalmente na área de Operações, é de execução. As oportunidades são muito grandes, o mercado tem demanda pelas nossas soluções e temos nos apresentado muito bem para o setor.
O que precisamos é manter o foca na execução, ou seja, implantar soluções, customizar as soluções que precisam ser customizadas, e dar suporte para que essas soluções rodem de forma consistente nos clientes.
Em Operações, o desafio é fazer mais e melhor, fazer com mais eficiência, o popular “mais com menos”, sendo muito efetivos. Temos ainda, após todo o isolamento causado pela pandemia, o desafio de nos aproximar, ou reaproximar, dos nossos clientes. Vejo isso como uma grande oportunidade.
Além disso, estamos passando por um ano de transformações e, dado que a Sinqia está em um novo patamar, estamos buscando um nível maior de especialização. Nesse sentido, estamos “horizontalizando” algumas áreas da companhia, como gestão de projetos, atendimento e no próprio comercial.
Trata–se de uma evolução, mas não que estejamos em um momento ruim, pelo contrário: é hora de transformar para continuar evoluindo.
No último semestre, anunciamos novas posições executivas, todas elas – e eu incluso – com um mandato de continuar o ciclo de evolução da companhia, seguir em uma trajetória de sucesso que a Sinqia já tem. Vamos nos transformar para continuar crescendo.
Em outras entrevistas para a imprensa, você reforçou a importância dessa eficiência na área de Operações. Você diria que é a sua grande missão neste momento?
Eu diria que é um tripé. Temos sempre um grande desafio de gestão de pessoas, afinal, somos baseados em conhecimento, em pessoas, então é fundamental uma gestão meritocrática, para atrair e reter talentos.
Outro aspecto é a qualidade. Não podemos focar apenas na eficiência a qualquer custo, precisamos sempre manter a qualidade e, obviamente, com foco nas pessoas.
Então, é sempre um equilíbrio: buscar eficiência, mantendo a qualidade, e com times capacitados. Não dá para “abrir mão” de nenhum deles. Até porque, se abrirmos mão, os outros não acontecem.
Agora falando em mercado, como você avalia o momento atual do setor financeiro no Brasil? Quais são as principais necessidades em termos de tecnologia e inovação?
Estamos inseridos em um mercado que é super dinâmico, que demanda o uso das grandes tendências de tecnologia. Assim, temos em nossa oferta soluções de computação em nuvem, inteligência artificial, como a Quite Já, entre outras. Olhamos ainda com atenção o movimento de “tokenização” de ativos.
Além disso, somos cada vez mais cobrados por mais agilidade e entregas mais rápidas, de forma contínua e constante. Nesse cenário e, junto com toda a evolução exigida pelo “Open Banking”, temos feito um grande trabalho de renovação de nossa arquitetura, “quebrando” aplicações monolíticas e ampliando o a disponibilização de APIs e o uso de micro serviços.
E, vale ainda ressaltar um movimento que é bastante positivo para a Sinqia, onde mais organizações estão optando por adquirir soluções prontas ao invés de produzir internamente.
Enfim, é uma demanda grande, mas enxergamos os desafios como oportunidades bacanas para a Sinqia.