Recentemente um grande marketplace publicou o resultado de uma pesquisa sobre a intenção de compra no Dia do Consumidor, que acontece em 15 de março, cujo resultado revela que o Pix se consolidou como principal meio de pagamento, escolhido por 54% dos consumidores. Já o cartão de crédito, que liderava em 2024 com 51%, caiu para 28%. A intenção média de gasto para a data é de R$ 400.
O resultado revela que os consumidores estão dispostos a gastar mais em celulares e acessórios, eletrodomésticos e itens de Informática, demonstrando maior interesse por produtos de ticket médio mais elevado, a categoria casa, cozinha e decoração segue entre os mais buscados, seguido por roupas femininas, escolhido por 35% dos entrevistados, itens de saúde e beleza, 25%, e outros acessórios de moda com 23% das intenções de compra.
É importante ressaltar que um assunto bastante importante, e diretamente relacionado com o sucesso de iniciativas promocionais do comércio como essas, é a preocupação com a segurança, visto que, com o avanço da tecnologia, a velocidade das transações digitais tornou os golpes ainda mais sofisticados e difíceis de rastrear.
No passado o cartão sofreu bastante, atualmente, as transações com cartão presente no Brasil apresentam um nível de fraude dos menores do mundo, principalmente após a adoção do padrão EMV (criptografia embarcada nos chips dos cartões).
Atualmente a preocupação são as fraudes com transações efetuadas com cartão não presente, feitas principalmente no comércio eletrônico, contramedidas como a tokenização, a utilização de cartões virtuais e outros métodos de autenticação estão avançando e evoluindo sua adoção. Depois foi a vez dos boletos. Agora, as fraudes encontraram no Pix formas bem-sucedidas de práticas ilícitas, principalmente em um cenário onde já existiam milhões de contas laranjas. O que é muito importante lembrar, é que a penetração deste meio de pagamento é bastante ampla, o PIX é hoje o método de pagamento mais utilizado entre os brasileiros, segundo divulgado pelo BACEN em dezembro de 2024 e reforçado com o estudo divulgado em 12 de março, pelo Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 64% dos brasileiros usaram o PIX ao menos uma vez por mês.
Os números são tão expressivos que durante o 2º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes, Segurança Cibernética e Bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que aconteceu no dia 11 de março, especialistas no assunto se reuniram e foram categóricos em afirmar que, apesar da adoção de sistemas de KYC (Know Your Client), checagens de segurança nos processos de onboarding e monitoração constante do comportamento do portador em um olhar analítico 360 graus ajudarem a reduzir os índices de sucesso nas ações fraudulentas, a troca de informações rápidas e precisas entre instituições financeiras e órgãos reguladores é um dos caminhos mais eficazes para reduzir fraudes no sistema financeiro brasileiro. E, apesar dos avanços na regulação e supervisão, os criminosos se adaptam rapidamente, criando e aperfeiçoando práticas “criativas” e sofisticadas.
Por isso, para as empresas é tão importante a preocupação com a segurança das transações, especialmente em picos que acontecem em datas como o Dia do Consumidor.