Para acompanhar a transformação do setor, que dá as boas-vindas à blockchain e aguarda a chegada do real digital, Sinqia anuncia plataforma que simplifica o processo de alienação de crédito utilizando tokens para garantias
Em novembro, a Sinqia realizou a terceira edição da Talk Week: foram três dias de palestras sobre o mercado financeiro. O primeiro dia do evento foi marcado por conversas sobre criptoativos, tokenização e CBDCs e como a digitalização já impacta o mercado financeiro. Na ocasião, a Sinqia apresentou em primeira mão uma grande novidade: a plataforma Cripto Collateral, que simplifica o processo de alienação de crédito utilizando tecnologia blockchain para garantias.
A nova solução da Sinqia atenderá novas demandas do mercado. O setor vem se transformando com tokenização e criptoativos, e a chegada do real digital – com previsão de lançamento para 2024 – acelerará ainda mais a busca por tecnologias de ponta que suportem a operacionalização da moeda digital nacional.
“É difícil a gente falar de um ponto específico de inovação no momento que estamos vivendo”, afirma Marcelo Duarte, gerente de produto da Sinqia. “É bem complicado falarmos de blockchain sem mencionar todas as inovações que vêm junto: DeFi (finanças descentralizadas), tokenização, Open Banking, Open Finance… Isso tudo se conecta”.
Todas essas tecnologias definem um novo setor financeiro, que já é realidade e que deve avançar muito nos próximos anos.
Confira, abaixo, as principais novidades e inovações do setor financeiro e a nova solução da Sinqia, que chegará ao mercado em breve.
Real digital
Com lançamento previsto para 2024, o real digital é a moeda digital oficial brasileira: trata-se de uma CBDC (Central Banks Digital Currencies), ou seja, é regulamentada pelo Banco Central e será lastreada ao real físico.
“Aqui no Brasil, já temos o BRZ (Brazilian Digital Token), uma stablecoin que atingiu recordes de volume transacionado”, comenta Duarte.
O grande diferencial do real digital é que não haverá a necessidade de abrir conta em bancos para ser transacionado: bastará as pessoas terem aplicativos de carteira digital (as e-wallets), que serão responsáveis pela transação. A expectativa, portanto, é que mais pessoas, mesmo que desbancarizadas, sejam incluídas no sistema financeiro.
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Tokenização de ativos
Tokenização é a transformação de um ativo real, direito ou utilidade, em um ativo digital – na prática, um token lastreado é a representação digital de um ativo físico. Ou seja, é o processo de criar um registro digital de determinado ativo em um banco de dados “descentralizado” vinculado à blockchain.
Uma das vantagens da tokenização de ativos é a democratização do acesso a investimentos. Vitor Delduque, diretor de novos negócios da MB Tokens, afirma que a empresa é focada em token lastreados justamente por causa desse apelo à democratização. “Estamos em um país onde 72% da população nem sabe o que é investimento, enquanto 80% das pessoas que investem, escolhem apenas a poupança ou CDB”, comenta. “Nosso token lastreado se assemelha a renda fixa tradicional, só que utilizando a tecnologia em benefício do investidor, e pode ser uma entrada para muitas pessoas na economia digitalizada”.
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Transação real estate instantânea
A tokenização abre um leque de possibilidades. Ela pode, inclusive, tornar processos menos burocráticos, mais seguros e práticos. É o caso da transferência de imóveis, com o real estate tokenizado.
“No modelo tradicional, a transferência de propriedade de um imóvel leva de 30 a 60 dias, se for rápida. Com a tokenização, é possível fazer a transferência dos direitos sobre o imóvel em 10 ou 15 segundos”, afirma Andreas Blazoudakis, CEO da Netspaces. “Espelhamos os direitos e obrigações tipicamente da propriedade civil no token. Criamos um elo bidirecional que liga a matrícula no token, e vice-versa. Com isso, toda a transferência do token, que é muito rápida, passa também a significar transferência de direitos sobre o imóvel”.
Cripto Collateral, o novo produto da Sinqia
Para aproveitar o potencial dessas inovações e para oferecer o melhor serviço ao mercado financeiro, a Sinqia vem trabalhando em um novo produto, em parceria com a Netspaces. A Cripto Collateral é uma plataforma criada para simplificar o processo de alienação de crédito utilizando tecnologia blockchain para garantias.
“Queremos resolver as dores de empresas do setor financeiro, como a complexidade na análise de garantias – porque é preciso fazer uma avaliação física do bem, cuidar da amortização e resolver pendências em cartório -, o custo elevado, a burocratização e a falta de liquidez quando há descumprimento de contrato”, afirma Carlos Ribeiro, head de core bancário da Sinqia.
A Cripto Collateral permitirá que instituições financeiras recebam garantias em tokens. “Com a plataforma, as empresas poderão gerir todo o processo: desde o pedido de crédito do cliente, passando pela análise, bloqueio e custódia do token e liberação do crédito”, explica Ribeiro. A solução também gerencia a liberação do token após a liquidação do crédito.