Conforme os últimos dados divulgados pela ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços), os pagamentos por aproximação estão crescendo exponencialmente no Brasil. Atualmente, 61% dos consumidores utilizam essa modalidade de forma recorrente, refletindo uma aceitação massiva no cotidiano das pessoas.
Financeiramente, um total de R$ 644,2 bilhões foi transacionado por aproximação no primeiro semestre de 2024, o que representa um aumento de 52,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste montante, 56,1% foram transações no crédito, 26,1% no débito e 17,3% no pré-pago.
Além disso, a entidade revelou que no primeiro semestre de 2024 foram contabilizadas 10,8 bilhões de transações por aproximação, um aumento de 40% em relação ao ano anterior, o que significa que, em média, 60 milhões de compras diárias são realizadas nessa modalidade.
Com um número tão grande de usuários, surgem dúvidas frequentes sobre segurança e como evitar problemas com o uso dessa tecnologia.
É fundamental seguir recomendações amplamente divulgadas, como conferir o valor da compra na máquina, não entregar o cartão físico ou o dispositivo (celular) ao vendedor para transacionar, acompanhar as transações por meio do extrato ou aplicativo do emissor do cartão, ativar as notificações oferecidas pela maioria dos aplicativos dos emissores, e, em caso de perda ou roubo do cartão, bloquear imediatamente no aplicativo do emissor. Se a perda for confirmada, é essencial bloqueá-lo definitivamente e solicitar uma nova via. Essas são dicas importantes e simples de seguir.
A tecnologia que possibilita os pagamentos por aproximação é conhecida como NFC (Near Field Communication). Ela permite que um terminal de pagamento e um dispositivo do portador realizem uma transação a uma distância não superior a 4 centímetros. As transações de pagamento por cartões utilizam um protocolo de segurança chamado EMV, que tem se mostrado bastante eficiente.
A evolução no setor não para, e novos métodos de transação estão constantemente surgindo. Além dos pagamentos por aproximação, já podemos imaginar opções como compras por presença em estabelecimentos comerciais, escaneamento de retina, impressão digital, reconhecimento facial, de voz, entre outros.
No entanto, qual será a tecnologia predominante no futuro? Existe uma “bala de prata”? Na minha opinião e na de alguns colegas do mercado de pagamentos, um emissor deve oferecer aos seus clientes uma variedade de opções.
Inclusive, vale destacar que o sucesso dos pagamentos por aproximação não substitui o tradicional Chip and PIN (inserção do cartão no terminal e digitação da senha); é simplesmente mais uma alternativa disponível para transações. No final das contas, é o usuário quem deve se sentir confortável e bem atendido com o meio de pagamento de sua preferência.