Nos últimos anos, o setor de consórcio tem enfrentado uma ameaça que vem aumentando devido ao mundo digital: os ataques cibernéticos. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), desde 2020, o número de incidentes cibernéticos tem ultrapassado a marca dos 10 mil casos por ano.
Embora não haja pesquisas específicas para o setor de consórcio, sua estreita ligação com o segmento financeiro o torna igualmente vulnerável. Esse aumento não apenas coloca em risco a segurança dos dados e operações das empresas de consórcio, mas também eleva de maneira significativa a possibilidade de perdas financeiras extremas decorrentes desses ataques cibernéticos.
Inclusive, este é um dos temas centrais do Congresso Nacional de Administradoras de Consórcios (CONAC) de 2024, maior evento do segmento no país.
Mas o que são ataques cibernéticos?
Ataques cibernéticos são ações maliciosas realizadas por indivíduos ou grupos para comprometer sistemas de computador, redes, dispositivos ou dados. Eles podem ter diversas formas e objetivos, sendo esses:
Malware: software malicioso projetado para danificar, controlar ou roubar informações de um sistema. Isso inclui vírus, worms, trojans, ransomware e spyware.
Ransomware: o ransomware é uma forma de malware que criptografa os dados de uma organização e exige um resgate em troca da chave de descriptografia. Os ataques de ransomware podem paralisar as operações de uma instituição financeira ou consórcio e causar grandes prejuízos financeiros.
Phishing: uma técnica em que os atacantes enviam e-mails ou mensagens falsas, muitas vezes se passando por entidades legítimas, para enganar as pessoas a revelarem informações pessoais, como senhas ou números de cartão de crédito.
Ataques de negação de serviço (DDoS): tentativas de sobrecarregar um sistema ou rede com tráfego de dados, tornando-o inacessível para usuários legítimos.
Ataques de força bruta: tentativas repetidas de descobrir senhas ou chaves de criptografia testando todas as combinações possíveis.
Vulnerabilidades em aplicativos e sistemas: as instituições financeiras e de consórcio muitas vezes utilizam uma variedade de aplicativos e sistemas para gerenciar suas operações. Vulnerabilidades em software podem ser exploradas por criminosos cibernéticos para ganhar acesso não autorizado a esses sistemas.
Engenharia social: manipulação psicológica para persuadir pessoas a realizar ações ou divulgar informações confidenciais.
E o prejuízo é alto
Os ataques cibernéticos têm o potencial de perturbar, prejudicar ou até mesmo aniquilar empresas, e o ônus financeiro para as vítimas está em ascensão.
Por exemplo, conforme indicado no relatório sobre o Custo das Violações de Dados da IBM de 2023, estima-se que o crime cibernético poderá acarretar um prejuízo de US$10,5 trilhões por ano para a economia global até 2025.
Em 2023, o custo médio das violações de dados atingiu US$ 4,45 milhões, representando um aumento de 15% nos últimos três anos.
Especificamente em relação aos ataques de ransomware, o custo médio das violações de dados foi ainda maior, alcançando US$ 5,13 milhões em 2023.
Este valor não inclui o montante pago como resgate, que teve um aumento significativo de 89% em relação ao ano anterior, totalizando em média mais US$ 1.542.333.
Soluções tecnológicas podem ser um caminho
Para lidar com fraudes e ataques cibernéticos, a integração das administradoras com Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias emergentes é uma das principais estratégias.
Primeiramente, a IA pode ser empregada na detecção proativa de padrões anômalos nos dados, identificando atividades suspeitas em tempo real. Algoritmos de aprendizado de máquina podem analisar grandes volumes de dados para identificar discrepâncias e comportamentos não usuais, alertando as equipes de segurança sobre possíveis ameaças.
Além disso, a automação por meio de IA pode aprimorar os sistemas de prevenção e resposta a ataques, agilizando a identificação e mitigação de vulnerabilidades.
Tecnologias como o blockchain também podem ser integradas, oferecendo uma camada adicional de segurança e transparência nas transações, dificultando a adulteração de dados e transações fraudulentas.
A utilização de técnicas avançadas de criptografia e autenticação biométrica fortalece ainda mais a segurança, garantindo a autenticidade das transações e reduzindo o risco de acesso não autorizado.
Por fim, a colaboração entre organizações e instituições governamentais para compartilhar informações e melhores práticas é crucial para desenvolver estratégias eficazes de defesa cibernética.
Compartilhar informações também é importante
Outra medida muito importante é fomentar a colaboração entre instituições financeiras, agências governamentais e empresas de tecnologia, com destaque para líderes do setor, como a Sinqia.
A Sinqia é uma empresa brasileira de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções para o setor financeiro. Suas soluções são projetadas para atender às demandas específicas do setor, garantindo eficiência operacional, conformidade regulatória, segurança e melhor experiência para os clientes.
Por sua expertise em soluções tecnológicas para o mercado financeiro, a companhia desempenha um papel fundamental nesse processo de combate aos ataques cibernéticos. Para saber mais, fale com os nossos especialistas!