São Paulo, fevereiro de 2023 – A velocidade cada vez mais iminente nos avanços tecnológicos têm permitido aos usuários uma interação mais direta em tudo aquilo a que se conectam, com maior diversidade nos recursos e sistemas responsáveis por facilitar a autonomia na navegação pela rede. A Identidade Digital Descentralizada que, promove a descentralização de dados, consolida a terceira onda da Internet, Web 3.0, inaugurando o gerenciamento personalizado das informações e interatividade virtual.
A WEB 3.0 é uma nova forma de interagir com o conteúdo na internet , baseada nos conceitos de descentralização de poderes e dados, economia tokenizada e criptoativos, tudo ancorado na tecnologia de blockchain. Pretende reestruturar, de forma inteligente, todo o conteúdo na rede mundial de computadores, promovendo uma experiência mais segura e privada para o navegador, com propriedade de dados, criptografia e rastreabilidade de informações.
Hoje, a maior parte das informações trafegadas na internet, assim como suas informações pessoais, têm sido administradas por um seleto grupo de empresas de tecnologia, as “Big Techs”, que controlam e restringem o acesso e conteúdos e a WEB 3.0 permite a quebra desse paradigma. Porém, essa troca de abordagem, do modelo centralizado para o descentralizado, pode causar prejuízos em serviços que necessitam de moderação e regulamentação, que precisam ainda atender a legislações e compliances de cada setor.
Visando atacar essa questão, a tecnologia de Identidade Digital Descentralizada (também conhecida como identidade auto-soberana – Self-Sovereign Identity ou SSI) propõe a criação de credenciais criptograficamente verificáveis, imutáveis e à prova de adulteração, pois são projetadas para guardar, legitimar e garantir ao usuário o controle total de seus dados, ao passo que mantém a mesma filosofia de descentralização da Web 3.0.
Estar no controle de seus dados significa decidir com quem serão compartilhados, como serão usados ou até como podem ser monetizados.
Essas credenciais verificáveis podem armazenar quaisquer informações sobre um determinado objeto, como dados pessoais, escolaridade, credenciais corporativas, entre outras, dos usuários, e são armazenadas de forma segura em aplicativos especialistas chamados “Identity Wallets”. Além do armazenamento, as carteiras também são utilizadas para a apresentação dessas credenciais em sites ou serviços, garantindo a autenticidade das informações ali atestadas, e sem depender dos provedores de identidade da geração atual de internet.
Sob um novo panorama de soberania de dados, a Identidade Digital Descentralizada, inserida no contexto da WEB 3.0, emancipa o direito de controle do usuário de maneira segura, além de criptografar dados multidimensionais, tornando-os infungíveis e protegendo sua privacidade, os dados e a rede blockchain. Seu potencial de utilização é amplo, com diversas funções aplicadas para sistemas de verificação desde login até base para pontuação de crédito, entre tantos outros.
A DID na WEB 3.0 já é uma realidade que deve pertencer a todos nós. A confiança é a base da identidade digital, pois a descentralização permite que os dados não sejam controlados por uma única autoridade central. Os dados que permitem a verificação criptográfica da identidade digital descentralizada são ancorados na blockchain, portanto o processo de autenticação não precisa depender de uma relação direta entre o emissor da identidade e o verificador, ou seja, o serviço/site onde a identidade está sendo apresentada. Esse conjunto de informações estabelece uma conexão confiável, por meio de criptografia, entre os emissores da identidade e os seus verificadores. Essa característica descentralizada e imutável torna o usuário o único proprietário autônomo de sua identidade digital.